O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que ocupa interinamente a Presidência da República enquanto Luiz Inácio Lula da Silva está fora do Brasil, disse nesta segunda-feira, 23, que o governo cumprirá "rigorosamente" o arcabouço fiscal. Ele afirmou que a recente reversão parcial da contenção de despesas foi porque a economia cresceu, o que deixou o governo com mais recursos.
"O governo tem compromisso com o arcabouço fiscal. Vai cumpri-lo, vai cumpri-lo rigorosamente", disse Alckmin, nesta segunda-feira na Fiesp, em São Paulo. Além de vice-presidente, ele também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
"Teve um pequeno descontingenciamento porque, como cresceu a economia, nós podemos passar o ano passado, chegar 3% ou mais de crescimento do PIB, cresceu a arrecadação. Por isso houve um pequeno descontingenciamento, mas mantido rigorosamente o arcabouço fiscal", declarou o vice-presidente da República.
Em julho, o governo anunciou a contenção de R$ 15 bilhões em despesas. Na semana passada, R$ 1,7 bilhão desse total foram liberados.
Ele mencionou a queda de cerca de 0,6 ponto porcentual na carga tributária de 2022 para 2023.
"Quando abre os três níveis de governo, os municípios aumentaram a carga tributária. Aumentaram. Quem reduziu a carga tributária um pouquinho foram os Estados, e muito foi o federal. Reduziu a carga tributária de 2022 para 2023 e vamos cumprir o arcabouço fiscal", disse ele.