Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - A alta dos preços ao consumidor nos Estados Unidos desacelerou em maio, mas altas nos custos de moradia e saúde mantiveram a inflação sustentada, o que poder permitir ao Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, elevar a taxa de juros este ano.
Embora outro relatório divulgado nesta quinta-feira tenha mostrando aumento no número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego na semana passada, a tendência continuou consistente com condições saudáveis do mercado de trabalho. Os dados saíram um dia depois de o Fed rebaixar sua avaliação para o mercado de trabalho e dar uma visão mista da economia.
O Departamento do Trabalho informou que seu Índice de Preços ao Consumidor avançou 0,2 por cento no mês passado, contra ala de 0,4 por cento em abril. Eliminado os voláteis componentes de alimentos e energia, o núcleo do índice subiu 0,2 por cento, após alta similar em abril.
Economistas consultados pela Reuters esperavam avanço de 0,3 por cento no mês passado, com o núcleo do índice subindo 0,2 por cento.
O Fed tem uma meta de inflação de 2 por cento e acompanha uma medida que atualmente está em 1,6 por cento. O banco central dos EUA manteve na quarta-feira a taxa de juros e afirmou esperar que a inflação fique abaixo da meta durante 2017.
No núcleo da inflação, os custos com moradia e saúde mantiveram tendência de alta. Os aluguéis subiram 0,3 por cento, assim como os custos com cuidados médicos 0,3 por cento.
Em um segundo relatório, o Departamento do Trabalho informou que os pedidos de auxílio-desemprego aumentaram em 13 mil, para 277 mil em números ajustados sazonalmente, para a semana encerrada em 11 de junho
Os pedidos permanecem abaixo dos 300 mil, marca associada a um mercado de trabalho forte, há 67 semanas seguidas, o mais longo período desde 1973.