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Ata do Copom: Apertos seguidos nos juros são necessários para inflação na meta

Publicado 10.08.2021, 08:15
Atualizado 10.08.2021, 08:46
© Reuters. Fachada da sede do Banco Central, em Brasília
16/05/2017
REUTERS/Ueslei Marcelino

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central indicou que apertos seguidos e sem interrupção nos juros básicos são necessários para levar a taxa Selic para patamar acima do neutro, para que assim as projeções de inflação fiquem na meta, conforme ata do Comitê de Política Monetária (Copom) publicada nesta terça-feira.

LEIA MAIS: IPCA sobe 0,96% em julho, diz IBGE

"Levando em conta o cenário básico e o balanço de riscos, o Comitê observou que, caso não haja mudança nos condicionantes de inflação, são necessárias elevações de juros subsequentes, sem interrupção, até patamar acima do neutro para que se obtenha projeções em torno das metas de inflação no horizonte relevante", mostrou o documento, em referência aos anos de 2022 e 2023.

"Sendo assim, tornou-se apropriado um ciclo de elevação da taxa de juros para patamar consistente com política monetária contracionista", acrescentou.

De acordo com indicações do próprio BC, a taxa neutra estaria por volta de 6,5%.

Na semana passada, o BC havia subido a dose do aperto monetário ao adotar uma alta de 1 ponto percentual na Selic, a 5,5% ao ano, já indicando outro aumento de igual magnitude na próxima reunião do colegiado, em setembro.

A decisão veio em meio à leitura de que houve piora recente em componentes inerciais da inflação com a reabertura do setor de serviços, mensagem que o BC repetiu nesta terça-feira, reiterando sua visão sobre a continuidade da pressão sobre bens industriais, e mencionando a possível elevação do adicional da bandeira tarifária e os novos aumentos nos preços de alimentos.

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Já no comunicado da semana passada, o BC tinha destacado que, pelas suas projeções, a inflação estava na meta para 2022 e 2023, com o IPCA calculado em 3,5% e 3,2%, respectivamente. Para este ano, em contrapartida, o BC elevou a estimativa de inflação a 6,5%, sobre 5,8% antes.

Na ata, o BC justificou que os riscos fiscais é que estão imprimindo um viés de alta nas suas contas.

"Essa assimetria no balanço de riscos afeta o grau apropriado de estímulo monetário, justificando assim uma trajetória para a política monetária mais contracionista do que a utilizada no cenário básico", disse.

O centro da meta de inflação é de 3,75% para 2021, de 3,5% para o ano que vem e de 3,25% para 2023, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.

No Focus da semana passada, utilizado como base comparativa pelo BC, as perspectivas eram piores, com IPCA em 6,79% este ano, 3,81% em 2022 e 3,25% em 2023. No boletim mais recente, os números para 2021 e 2022 foram piorados a 6,88% e 3,84%, sendo mantida a projeção de 3,25% para 2023. Ao contrário do BC, portanto, o mercado já enxerga a inflação acima do centro da meta no ano que vem.

Segundo a ata, os membros do Copom debateram as explicações para essa diferença nas projeções, aventando três possibilidades diferentes.

"Primeiro, as expectativas podem incorporar diferentes hipóteses sobre os fatores determinantes da inflação, tais como os preços administrados e o crescimento econômico, além de conter diferentes percepções sobre cenários de risco ou alternativos", disse o BC.

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"Segundo, a longa sequência de choques e revisões unidirecionais das expectativas pode gerar um aumento da percepção da inércia inflacionária. Finalmente, pode haver, entre os participantes de mercado, diferentes premissas sobre a função de reação da política monetária", completou.

Sobre a economia doméstica, o BC pontuou que deve haver retomada robusta no segundo semestre conforme os efeitos da vacinação contra a Covid-19 sejam sentidos de maneira mais ampla.

Também neste caso o BC discutiu por qual razão suas estimativas para a atividade eram mais modestas que as do mercado. Em seu último Relatório Trimestral de Inflação, do final de junho, o BC estimou alta de 4,6% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. No boletim Focus mais recente, a projeção é de um crescimento de 5,3%.

Últimos comentários

Inflação acelera para 0,96% em julho, maior valor para o mês em 19 anos
Eu ouvi 1.25 p.p na proxima reunião?
A alta dos juros é coisa que já deveria de ter acontecido a muito mais tempo, e diga-se de passagem que insistir em só um digito é perda de tempo... a desastrada política econômica que começou lá em janeiro de 2019, com o ministro da economia conspirando contra o Real para favorecer a alta do dólar, com a finalidade astuciosa e politigueira de maquiar a economia brasileira e consecutivamente as commodities, especialmente as agrícolas, foi, é e será, a grande responsável por toda a instabilidade econômica e social que o país vive nos dias de hoje... sem a menor dúvida se a coisa continuar como esta, em futuro próximo o Brasil vai amargar uma das piores crises econômica da sua história... se não reduzir drasticamente o valor do dólar, independente ou não da ministra da agricultura e/ou quem quer seja espernear, o descontrole na economia brasileira vai assustar meio mundo, ou até mesmo o mundo inteiro ...
Bando de irresponsáveis como juros de 2%.... Jegues pensa que o Brasil é a mesa de operações do BTG
Bolsonaro, Guedes e o presid. BC causaram rombo fiscal que só piora com o populismo do Bolsonaro... nao a toa a alta da selic nao surte efeito
Demorou pra cair ba real…Banco Central foi leniente e contnua sendo com a inflacao…Precisa atuar mai forte no cambio…E o presidente e o Guedes parar de falar besteira…Nao existe economia saudavel com politicas que incentivem uma moeda fraca.
Concordo!
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