SYDNEY (Reuters) - A aprovação do primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, caiu após sua resposta ao surto de coronavírus alimentado pela variante Ômicron receber reações negativas, mostrou nesta terça-feira uma pesquisa, que também colocou a oposição trabalhista numericamente na liderança meses antes de uma eleição federal.
Eleitores australianos estão perdendo a confiança em Morrison e em seu governo de coalizão do Partido Liberal-Nacional nos setores de economia, empregos, saúde e na resposta à rápida onda de infecções da Ômicron, de acordo com uma pesquisa feita pela empresa Resolve Strategic para o jornal Sydney Morning Herald.
A pesquisa consultou 1.607 eleitores e foi realizada entre 11 e 15 de janeiro, antes de um tribunal australiano manter a decisão do governo de cancelar o visto do astro do tênis Novak Djokovic pouco antes do Aberto da Austrália.
A dispensa médica que serviu como justificativa para permitir a entrada do sérvio número um do mundo no país sem que fosse vacinado contra a Covid-19 provocou a fúria da população australiana, e se tornou uma questão política para Morrison.
O premiê sempre desfrutou de uma liderança folgada sobre seu rival, o líder trabalhista Anthony Albanese, mas perdeu a vantagem de dois dígito que tinha apenas dois meses atrás. Cerca de 38% dos eleitores querem Morrison como líder do país, enquanto 31% apoiam Albanese.
Os trabalhistas viram seus votos primários subirem de 32% para 35% desde novembro, enquanto a coalizão do governo despencou 5 pontos, para 34%.
(Reportagem de Renju Jose)