👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Arrecadação federal desacelera mas ainda tem melhor novembro em 7 anos com impulso de royalties

Publicado 21.12.2021, 16:12
© Reuters. Notas de reais retratadas no Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro
17/11/2017
REUTERS/Pilar Olivares
USD/BRL
-
CL
-

Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) - A arrecadação do governo federal teve alta real de 1,41% em novembro sobre igual mês do ano passado, a 157,340 bilhões de reais, divulgou a Receita Federal nesta terça-feira, em desempenho puxado pelos ganhos do governo com royalties de petróleo.

O resultado foi o maior para o mês desde 2014 (157,565 bilhões de reais), conforme série da Receita corrigida pela inflação.

O detalhamento dos dados do mês mostra que as receitas administradas pela Receita Federal, que englobam a coleta de impostos de competência da União, ficaram praticamente estáveis no mês, com uma elevação real de 0,42%.

Em contrapartida, as receitas administradas por outros órgãos, que são sensibilizadas sobretudo pelos royalties decorrentes da produção de petróleo, tiveram alta de 48,2% acima da inflação.

De janeiro a novembro, o crescimento real da arrecadação foi de 18,13%, a 1,685 trilhão de reais, desempenho mais forte para o período na série iniciada em 1995.

Embora positivo, o crescimento da arrecadação no ano vem perdendo força desde julho, quando houve um pico de 26,11% de alta nas receitas acumuladas no ano em comparação com igual período de 2020.

Nos primeiros onze meses de 2021, a alta real nas receitas administradas pela Receita Federal foi de 16,86%, enquanto a elevação da arrecadação administrada por outros órgãos ficou em 50,20%.

Pesou negativamente no resultado de novembro uma queda de 8,17% na produção industrial e um recuo de 7,10% nas vendas de bens, na comparação com o mesmo mês de 2020.

Por outro lado, houve crescimento de 55,17% no valor em dólar das importações e alta de 14,59% no valor das notas fiscais eletrônicas.

De acordo com chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, o resultado de novembro teria sido melhor não fosse a ocorrência de fatores considerados extraordinários.

No mês, as compensações tributárias --uso de um crédito tributário para a quitação de um débito-- geraram um efeito negativo de aproximadamente 15 bilhões de reais para o resultado.

No sentido oposto, houve um ganho atípico de 3 bilhões de reais com imposto de renda de empresas e contribuição social sobre o lucro líquido. Os dados também foram impactados positivamente pelo aumento na alíquota de IOF (+710 milhões de reais) e efeitos de ganhos com o recolhimento de tributos que haviam sido diferidos em meio à crise da pandemia (+1,1 bilhão de reais).

Sem esses fatores atípicos, o resultado do mês teria registrado uma alta real de 2,32%, a 162,742 bilhões.

Malaquias argumentou que o desempenho da arrecadação segue positivo, com recorde nos dados anuais. Ele afirmou que a redução nos percentuais de crescimento nos últimos meses se deve principalmente a uma diferença na base de comparação entre 2021 e 2020.

© Reuters. Notas de reais retratadas no Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro
17/11/2017
REUTERS/Pilar Olivares

Segundo o auditor da Receita, no primeiro semestre do ano passado foram observadas fortes restrições na atividade por causa da chegada da pandemia, o que reduziu o parâmetro para comparação. A partir de julho de 2020, no entanto, o movimento de reabertura da economia iniciou o processo de retomada da arrecadação, elevando essa base.

Ainda de acordo com Malaquias, novembro de 2020 acumulou ganhos de dois meses de PIS/Cofins e contribuição previdenciária patronal após o diferimento desses tributos.

“O desempenho de novembro de 2021 foi extraordinário por essa razão, porque eu pego um mês e comparo com ganhos de dois meses de alguns tributos e, ainda assim, tenho uma alta de arrecadação”, disse.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.