Por Phil Stewart e Dasha Afanasieva
WASHINGTON/ISTAMBUL (Reuters) - Os Estados Unidos iniciaram um esperado programa para treinar combatentes sírios para a luta contra o Estado Islâmico, disse o Pentágono nesta quinta-feira, aprofundando o papel norte-americano na guerra civil da Síria após oito meses de ataques aéreos contra os militantes sunitas.
O secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, disse que os militares estavam começando devagar, treinando um primeiro grupo de apenas 90 sírios, que seriam remunerados e poderiam esperar algum tipo de apoio ainda não definido quando retornarem para o campo de batalha.
Um porta-voz do governo da Jordânia disse que o treinamento começou há vários dias, e fontes dos EUA e do Oriente Médio disseram que os exercícios mudarão em breve para algum lugar na Turquia.
Rebeldes sírios e membros do Congresso norte-americano estão profundamente céticos com a medida, e alguns parlamentares dizem que o programa é muito pequeno e demorado. O Pentágono prevê que levará três anos para treinar e armar mais de 15.000 soldados das forças especiais da oposição.
Carter reconheceu que levaria alguns meses para o primeiro grupo, de 90 combatentes, ser enviado a zonas de conflito e descreveu o esforço como um avanço cauteloso, em parte para limitar os riscos de que combatentes treinados pelos EUA possam cometer violações aos direitos humanos.