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Vendas da indústria brasileira crescem em setembro

Publicado 05.11.2009, 13:58
Atualizado 05.11.2009, 14:35

Rio de Janeiro, 5 nov (EFE).- As vendas reais da indústria brasileira cresceram 1,0% em setembro frente a agosto, enquanto o número de empregos oferecido pelo setor cresceu 0,2% no mesmo período, informou hoje a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Os resultados da indústria em setembro mostraram que o setor continua se recuperando após a queda que sofreu em consequência da crise econômica global, mas que ainda não voltou ao nível em que estava o ano passado, segundo o estudo da CNI.

O relatório também mostra que, apesar das melhorias nas vendas e na geração de empregos, a indústria ainda não está aproveitando a capacidade instalada atualmente ociosa.

Na verdade, o uso da capacidade instalada das fábricas caiu de 80,2% em agosto para 79,8% em setembro.

Em setembro do ano passado, quando o setor começou a sentir os efeitos da crise, a indústria brasileira operava com 84,4% de sua capacidade.

Apesar do aumento na comparação com agosto, as vendas reais do setor em setembro - ou seja, já descontada a inflação - foram 4,7% inferiores às do mesmo mês do ano passado.

As vendas entre janeiro e setembro acumulam uma queda do 7,5% frente ao mesmo período de 2008.

O número de postos de trabalho em setembro foi 4,8% inferior ao do mesmo mês do ano passado. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, a queda é de 3,5% na comparação com o mesmo período de 2008.

Embora os indicadores da indústria venham melhorando na comparação com o mês imediatamente anterior, o economista-chefe da CNI, Flavio Castelo Branco, adverte que o setor ainda não se recuperou totalmente da queda sofrida pela crise.

"A indústria vem recuperando mês a mês o nível de produção que tinha o ano passado, mas, quando comparamos com os níveis do mesmo mês de 2008, vemos que ainda não superamos os efeitos da crise", afirmou Castelo Branco.

O economista considera que, no ritmo atual, a recuperação completa da indústria se dará apenas "em algum momento do primeiro semestre do próximo ano".

"Temos espaço para atender a demanda que vai crescer no final do ano sem gerar qualquer pressão sobre a capacidade produtiva", acrescentou. EFE

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