Washington, 30 jan (EFE).- Os Estados Unidos defenderam hoje o
plano para vender armas a Taiwan no valor de mais de US$ 6 bilhões,
enquanto Pequim anunciou em sinal de represália a suspensão de seus
intercâmbios militares com Washington.
O Governo dos EUA informou na sexta-feira ao Congresso de seu
desejo de vender armas a Taiwan, incluindo helicópteros Black Hawk e
baterias de mísseis Patriot.
O anúncio suscitou a indignação em Pequim, como manifestou o
porta-voz do Ministério da Defesa chinês Huang Xueping.
"A decisão dos EUA constitui uma violação grave dos acordos
feitos pelos líderes de ambas as partes e é contrária aos princípios
da declaração conjunta emitida durante a visita do presidente Barack
Obama à China, em novembro do ano passado", afirmou Xueping.
O Ministério de Assuntos Exteriores da China anunciou que além de
suspender os intercâmbios militares, sancionará algumas empresas dos
EUA.
Apesar dos protestos de Pequim, o Departamento de Estado defendeu
hoje a venda militar.
A Lei de Relações com Taiwan de 1979 obriga o Governo dos EUA a
reforçar as defesas da ilha, da qual é o principal abastecedor de
armas.
A venda de armas acontecerá se o Congresso americano não
expressar oposição em um prazo de 30 dias. EFE