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Comissão Europeia pede para futuro Governo grego cumprir acordos com UE

Publicado 07.05.2012, 11:07
Atualizado 07.05.2012, 11:14

Bruxelas, 7 mai (EFE).- A Comissão Europeia pediu nesta segunda-feira para o futuro Governo grego cumprir os compromissos assumidos por Atenas em março em troca do segundo resgate financeiro ao país, assim como a continuação das reformas econômicas de austeridade estipuladas.

"A Comissão está preparada para continuar ajudando a Grécia a partir das reformas iniciadas em marco para o segundo resgate, que é a base para a recuperação econômica do país", informou a porta-voz comunitária, Pia Ahrenkilde, em entrevista coletiva. Pia também falou que a organização confia na permanência da Grécia na zona do euro.

Em contrapartida, o líder de Nova Democracia, Antonis Samaras, o partido mais votado nas eleições de ontem, disse que o pacto para formar um Governo de coalizão poderia passar por modificações. Os termos do memorando assinado com Bruxelas em fevereiro incluem duras medidas de austeridade em troca de um segundo resgate financeiro.

O porta-voz da Comissão para assuntos econômicos, Amadeu Altafaj, lembrou que o Governo grego anterior negociou o segundo resgate e disse: "a implementação completa e imediata é essencial para cumprir com os objetivos e conseguir um nível de dívida sustentável na Grécia". Altafaj também ressaltou que o país deve permanecer na zona do euro.

As eleições realizadas no último domingo evidenciaram o desgaste dos dois grandes partidos tradicionais - o conservador Nova Democracia e o socialista Pasok -, além do avanço das opções extremistas. "Não estou aqui para fazer uma análise pessoal de nossas preocupações sobre o aumento dos extremismos, a posição da Comissão já é conhecida e não tenho nada a acrescentar", indicou a porta-voz.

A Comissão já havia mostrado preocupação nas últimas semanas com o respaldo obtido pela ultra-direitista Marine Le Pen no primeiro turno das eleições presidenciais francesas e diante da queda do Governo Holandês, após abandonar o partido xenófobo Geert Wilders em protesto contra as medidas de austeridade europeias. (EFE)

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