Mercedes Álvarez.
Paris, 27 set (EFE).- Inés Figaredo, designer que seduziu a Lady Gaga com suas bolsas surrealistas, apresentou nesta sexta-feira na Semana de Moda de Paris sua última coleção, que combina cabelo humano, prótese dentárias com pele de iguana, cristais Swarovski e o ouro.
"É uma coleção muito humana, do ponto de vista tangível", explicou a Agência Efe esta madrilena. Como obras de arte, suas peças interpelam o espectador, produzindo admiração ou rejeição, porque, como ela mesma diz, "em cada bolso se esconde uma intenção".
A bolsa "Cabeza", em sua versão careca ou coberta com cabelo humano, é salpicada de olhos de cristal de diferentes tamanhos e cores com pálpebras banhados em ouro.
Na coleção, batizada "Feelings" (sentimentos), não poderia faltar um coração. Neste caso está quebrado e cada fissura mostra o vermelho interior. Ele tem rosquinhas, pipocas e uma claquete, em referência ao cinema, como ferramentas para curá-lo.
Os dentes dourados da serpente que percorrem a bolsa "Veneno" morderam um indivíduo cuja cabeça ferida pende em uma miniatura. Na outra extremidade, uma seringuinha banhada em ouro traz o antídoto para evitar a morte.
Uma das peças mais chamativas, tanto em termos artísticos como funcionais, é a que representa uma boneca de tela maquinetada, fechada em uma jaula onde podem ser guardados os objetos pessoais que se queira ter por perto.
"Vamos à origem das coisas, ao literal, ao óbvio, com um significado muito profundo", conta Figaredo sobre as peças que exploram o interior humano, desde o exterior.
Esta temporada, Figaredo lançou uma nova versão de sua célebre bolsa "Caveira", a preferida de Lady Gaga e que a atriz Rossy de Palma usou em um evento no Hotel Bristol de Paris. Para ela a estilista cobriu o crânio banhado em ouro com 14 mil cristais Swarovski e manteve a articulação da mandíbula e as próteses dentárias originais.
É a peça mais cara de uma coleção que os preços variam entre US$ 800 e US$ 9.300.
A designer confessou que nos últimos dois anos e meio avançou de forma "muito silenciosa", com um trabalho "muito árduo e muito solitário" que permitisse garantir bases.
Já vendendo em mercados tão diferentes como Japão, Rússia, Itália, China e Estados Unidos, além da Espanha, Figaredo agora decidiu dar o salto a Paris para ampliar seus horizontes.
"Foi uma transição bastante interessante o industrializar a firma, sem perder o conceito e o cuidado na produção", explicou Figaredo.
Sua madrinha nesta aventura foi a figurinista da série "Sex and The City", Patricia Field, que descobriu uma bolsa de Figaredo e entrou imediatamente em contato com ela.
"Isso nos deu o impulso suficiente para saber que o produto estava sendo recebido positivamente e que tínhamos um tipo de clientela muito interessante", explicou a estilista sobre a parceria com Field, que a apresentou a Lady Gaga e Willow Smith, filha de Will Smith.
"Estes são de verdade bolsas de luxo, no sentido de que há um amor em cada peça, uma dedicação, que te leva ao sonho, ao humor", descreveu Rossy de Palma logo depois do desfile em Paris. EFE
Paris, 27 set (EFE).- Inés Figaredo, designer que seduziu a Lady Gaga com suas bolsas surrealistas, apresentou nesta sexta-feira na Semana de Moda de Paris sua última coleção, que combina cabelo humano, prótese dentárias com pele de iguana, cristais Swarovski e o ouro.
"É uma coleção muito humana, do ponto de vista tangível", explicou a Agência Efe esta madrilena. Como obras de arte, suas peças interpelam o espectador, produzindo admiração ou rejeição, porque, como ela mesma diz, "em cada bolso se esconde uma intenção".
A bolsa "Cabeza", em sua versão careca ou coberta com cabelo humano, é salpicada de olhos de cristal de diferentes tamanhos e cores com pálpebras banhados em ouro.
Na coleção, batizada "Feelings" (sentimentos), não poderia faltar um coração. Neste caso está quebrado e cada fissura mostra o vermelho interior. Ele tem rosquinhas, pipocas e uma claquete, em referência ao cinema, como ferramentas para curá-lo.
Os dentes dourados da serpente que percorrem a bolsa "Veneno" morderam um indivíduo cuja cabeça ferida pende em uma miniatura. Na outra extremidade, uma seringuinha banhada em ouro traz o antídoto para evitar a morte.
Uma das peças mais chamativas, tanto em termos artísticos como funcionais, é a que representa uma boneca de tela maquinetada, fechada em uma jaula onde podem ser guardados os objetos pessoais que se queira ter por perto.
"Vamos à origem das coisas, ao literal, ao óbvio, com um significado muito profundo", conta Figaredo sobre as peças que exploram o interior humano, desde o exterior.
Esta temporada, Figaredo lançou uma nova versão de sua célebre bolsa "Caveira", a preferida de Lady Gaga e que a atriz Rossy de Palma usou em um evento no Hotel Bristol de Paris. Para ela a estilista cobriu o crânio banhado em ouro com 14 mil cristais Swarovski e manteve a articulação da mandíbula e as próteses dentárias originais.
É a peça mais cara de uma coleção que os preços variam entre US$ 800 e US$ 9.300.
A designer confessou que nos últimos dois anos e meio avançou de forma "muito silenciosa", com um trabalho "muito árduo e muito solitário" que permitisse garantir bases.
Já vendendo em mercados tão diferentes como Japão, Rússia, Itália, China e Estados Unidos, além da Espanha, Figaredo agora decidiu dar o salto a Paris para ampliar seus horizontes.
"Foi uma transição bastante interessante o industrializar a firma, sem perder o conceito e o cuidado na produção", explicou Figaredo.
Sua madrinha nesta aventura foi a figurinista da série "Sex and The City", Patricia Field, que descobriu uma bolsa de Figaredo e entrou imediatamente em contato com ela.
"Isso nos deu o impulso suficiente para saber que o produto estava sendo recebido positivamente e que tínhamos um tipo de clientela muito interessante", explicou a estilista sobre a parceria com Field, que a apresentou a Lady Gaga e Willow Smith, filha de Will Smith.
"Estes são de verdade bolsas de luxo, no sentido de que há um amor em cada peça, uma dedicação, que te leva ao sonho, ao humor", descreveu Rossy de Palma logo depois do desfile em Paris. EFE