RIO DE JANEIRO (Reuters) - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, reagiu com entusiasmo ao resultado da mais recente pesquisa de intenções de voto, divulgada nesta terça-feira pela CNT/MDA, que mostrou o tucano ganhando terreno no primeiro turno e em todas as simulações de segundo turno.
"O que importa é a tendência de alta no movimento. Estou ainda na disputa e vou lutar até o fim", disse Aécio ao ser questionado pela Reuters sobre o levantamento minutos após a divulgação.
Os números da CNT/MDA mostraram Aécio com 17,6 por cento das intenções de voto na simulação de primeiro turno, ante 14,7 por cento na pesquisa anterior. A candidata Dilma Rousseff (PT) oscilou para baixo, de 38,1 por cento para 36 por cento, enquanto Marina Silva (PSB) caiu de 33,5 por cento para 27,4 por cento.
A pesquisa, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e realizada pelo instituto MDA, também aponta crescimento de Aécio nas simulações de segundo turno tanto contra Dilma como contra Marina.
Diante dos números, Aécio aproveitou para reiterar a confiança em sua presença no segundo turno.
"Enquanto as outras candidaturas caem, a nossa é a única que sobe em todas as pesquisas. Tenho muita confiança que vou estar no segundo turno, porque a mudança que clamam os brasileiros está representada na nossa candidatura", disse Aécio, reforçando seu discurso dos últimos dias.
Ele alegou que seu programa de governo, que a pouco mais de 10 dias para a eleição ainda não foi divulgado, seria o único que garantiria transparência à política industrial.
"Nosso programa de governo permitirá uma transparência na política industrial, o que será essencial para voltar a crescer", disse ele, após fazer a travessia do Rio de Janeiro para Niterói a bordo da barca de passageiros Neves V.
O tucano, que chegou a ser vaiado por usuários ao desembarcar por ter provocado um retardo no fluxo normal de passageiros, criticou também a redução da projeção oficial de crescimento para a economia brasileira, cortada pela metade pelo governo na segunda-feira, de 1,8 por cento para 0,9 por cento.
Ele creditou o baixo crescimento a uma "demonização" do capital privado promovida pelo PT.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)