PEQUIM (Reuters) - A atividade econômica da China desacelerou em julho, com o investimento crescendo em seu ritmo mais lento em mais de 16 anos de janeiro a julho, na medida que a segunda maior economia do mundo luta com a difícil reestruturação de seus setores industriais mais antigos.
O ritmo de crescimento de investimentos em ativos fixos caiu para 8,1 por cento no período de janeiro e julho, ante 9 por cento no primeiro semestre. Analistas esperavam crescimento de 8,8 por cento.
Este é o terceiro mês consecutivo de crescimento abaixo de 10 por cento e é o ritmo anual mais fraco desde dezembro de 1999, sugerindo que os efeitos da expansão de crédito no primeiro trimestre estão enfraquecendo.
Embora o consumo da China continue forte, o investimento e as exportações líquidas estão desacelerando, o que deve levar o governo a impulsionar o crescimento através de políticas fiscais.
O investimento do setor privado cresceu 2,1 por cento de janeiro a julho, ante expansão de 2,8 por cento no primeiro semestre do ano, com os investidores permanecendo cautelosos sobre as perspectivas de expansão em meio a reformas difíceis em estatais. O investimento privado é responsável por cerca de 60 por cento do investimento global na China.
A produção industrial cresceu 6,0 por cento em julho, na comparação com o ano anterior, abaixo das expectativas dos analistas de alta de 6,1 por cento, após avanço de 6,2 por cento no mês anterior.
As vendas do varejo aumentaram 10,2 por cento em julho. A expectativa em pesquisa Reuters era de alta de 10,5 por cento na comparação anual, após crescimento de 10,6 por cento no mês anterior.
A retirada de investimento em ativos fixos foi conduzida por um declínio de 22,9 por cento em mineração, sugerindo que a meta do governo de cortar produção em sectores industriais mais antigos está funcionando.
(Yawen Chen, Sue-Lin Wong, Elias Glenn e Pete Sweeney)