Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - A atividade industrial nos Estados Unidos acelerou para a máxima de mais de dois anos em janeiro, em meio ao aumento sustentado das novas encomendas e dos custos de matérias-primas, apontando para uma recuperação da indústria enquanto a demanda doméstica se fortalece.
Outros dados nesta quarta-feira mostraram que o setor privado aumentou as contratações no mês passado. Embora os gastos com construção tenham caído em dezembro, a tendência manteve-se forte. Os sinais de impulso na economia no início do ano foram divulgados no segundo dia da reunião de política monetária do Federal Reserva, banco central dos EUA.
O Fed, que tem projetado três altas de juros este ano, deve mantê-los quando a reunião terminar nesta quarta-feira. O comunicado de política monetária será divulgado às 17:00 (horário de Brasília).
O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) disse que seu índice de atividade industrial nacional teve alta de 1,5 ponto percentual, para uma leitura de 56,0 no mês passado, a maior desde novembro de 2014.
Leitura acima de 50 indica expansão na indústria, que representa cerca de 12 por cento da economia dos EUA. Parte do aumento provavelmente reflete uma melhora na confiança das empresas depois da eleição em novembro passado de Donald Trump como presidente.
Os dados de janeiro até agora sugerem que a economia deve acelerar após o Produto Interno Bruto ter crescimento a uma taxa anualizada de 1,9 por cento no quarto trimestre.
Separadamente, o Relatório Nacional de Emprego da ADP mostrou que os empregadores do setor privado dos EUA criaram 246 mil vagas de trabalho em janeiro, acima das 151 mil vagas em dezembro.
O dado, desenvolvido em conjunto com a Moody's Analytics, foi divulgados antes do relatório do Ministério do Trabalho dos EUA mais abrangente sobre a criação de vagas fora do setor agrícola, na sexta-feira, que inclui tanto o emprego público quanto o privado.
Economistas consultados pela Reuters projetam criação de 175 mil vagas fora do setor agrícola em janeiro.
Um terceiro relatório do Departamento de Comércio mostrou que os gastos com construção caíram 0,2 por cento em dezembro, após alta de 0,9 por cento em novembro. Os gastos com construção aumentaram 4,2 por cento em relação a dezembro de 2015.
(Por Lucia Mutikani)