📢 Estratégia de IA ProPicks para investir após techs caírem. Subiu em julho 2x acima do S&P!Lista Completa

BC considerou acelerar alta de juros em reunião na semana passada

Publicado 22.06.2021, 08:28
© Reuters. Prédio do Banco Central em Brasília
20/03/2020 REUTERS/Adriano Machado

Por Isabel Versiani

BRASÍLIA (Reuters) - O Comitê de Política Monetária (Copom) avaliou a possibilidade de acelerar a alta dos juros em sua reunião da semana passada em meio a uma inflação persistente, mas entendeu que seria mais adequado manter o ritmo de aperto de 0,75 ponto percentual, com a indicação de um possível aumento maior no encontro seguinte, em agosto, mostrou a ata da reunião divulgada nesta terça-feira.

O colegiado avaliou que essa estratégia teria a vantagem de dar mais tempo ao Copom para acumular informações sobre a evolução dos preços mais inerciais, em meio à recuperação do setor de serviços, e também sobre o comportamento das expectativas de inflação, mostrou o documento.

O Copom também chamou a atenção, nesse contexto, para a importância de "esclarecer a distinção entre transparência sobre as projeções condicionais e intenções invariantes de política monetária".

O colegiado frisou que o compromisso "inequívoco" do BC é com a convergência da inflação para o horizonte relevante e que os passos para se alcançar esse objetivo são ajustados de acordo com as informações que se tornam disponíveis.

"Desse modo, indicações sobre a trajetória futura dos juros, sejam para a próxima reunião ou para o patamar final, são elementos úteis para a compreensão da função de reação da política monetária", disse o Copom na ata.

"As informações obtidas no período entre as reuniões do Copom modificam as hipóteses presentes no cenário básico e no balanço de risco, e naturalmente alteram a trajetória futura dos juros."

O Copom levou a taxa Selic a 4,25% em reunião encerrada na última quarta-feira, na terceira alta consecutiva de 0,75 ponto, e indicou a intenção de levar os juros a patamar considerado neutro à frente --o que hoje equivale a cerca de 6,5%, segundo estimativa recente do próprio BC. O colegiado também previu uma elevação de 0,75 ponto para agosto, mas ressaltando que o aperto pode ser maior em caso de deterioração das expectativas.

"Acho que a mensagem que sai dessa ata é o Banco Central entende que agora ele vai ter que realmente levar (a taxa Selic) para 6,5% e que talvez tenha que fazer isso até de forma mais rápida caso as projeções de inflação continuem subindo", disse Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.

RISCO FISCAL

Na ata, o BC afirmou que, apesar de seu cenário básico apontar para uma inflação alinhada com a meta de 2022 --que é de 3,5%--, os riscos fiscais do país impõem um viés de alta para essas projeções, o que deve exigir um aperto maior.

O Copom notou que, apesar de uma melhora recente nos indicadores de sustentabilidade da dívida, o risco fiscal segue elevado e novos prolongamentos de políticas de resposta à pandemia podem elevar os prêmios de risco do país.

"Essa assimetria no balanço de riscos afeta o grau apropriado de estímulo monetário, justificando assim uma trajetória para a política monetária menos estimulativa do que a utilizada no cenário básico", afirmou o BC.

© Reuters. Prédio do Banco Central em Brasília
20/03/2020 REUTERS/Adriano Machado

O cenário básico do Copom considera a trajetória de juros prevista pelo mercado no relatório Focus, que aponta para uma Selic de 6,25% ao final deste ano e de 6,5% em 2022.

A expectativa de inflação do mercado para o próximo ano --horizonte em que está focada a política monetária-- está em 3,78%. Para este ano, em que a meta central é de 3,75%, as expectativas já estão em 5,90%. Nos dois períodos a meta tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.

(Com reportagem adicional de Luana Maria Benedito)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.