BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central previu um crescimento do crédito no país de 4,8% este ano, ante projeção de 8,1% feita em dezembro, na esteira de cenário mais desafiador para a atividade econômica por conta do coronavírus, conforme dados do seu Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira.
Agora, a expectativa é que o crédito às famílias suba 7,8% em 2020, contra expectativa anterior de 12,2%. Para as empresas, a alta foi calculada a apenas 0,6%, ante 2,5% no último relatório.
Para o estoque de crédito livre, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e tomadores, o BC projeta agora uma expansão de 8,2% (+12,9% antes). Para o crédito direcionado, que atende a parâmetros estabelecidos pelo governo, a perspectiva é de desempenho estável (+1,6% antes).
"É importante notar que o ajuste nas projeções de 2020 concentrou-se majoritariamente nas operações de crédito financiadas com recursos livres, mais sensíveis ao ciclo econômico e que tiveram crescimento expressivo nos últimos anos", assinalou o BC.
(Por Marcela Ayres)