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BC da Argentina eleva taxa de juros para 40%; peso se fortalece

Publicado 04.05.2018, 11:24
Atualizado 04.05.2018, 11:30
BC da Argentina eleva taxa de juros para 40%; peso se fortalece
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BUENOS AIRES (Reuters) - O banco central da Argentina elevou com força a taxa de juros para 40 por cento, provocando um aumento de 4,55 por cento no peso, enquanto o governo reduziu sua meta de déficit fiscal para 2,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Os movimentos seguiram-se a uma semana de dramático enfraquecimento do peso argentino, que despencou 7,83 por cento só na quinta-feira, para 23 pesos por dólar. Após os anúncios desta sexta-feira, a moeda argentina se fortalecia para 21,95 pesos por dólar.

O banco disse em um comunicado que continuará usando todas as ferramentas à sua disposição em seus esforços para atingir a meta de inflação do país de 15 por cento para este ano.

O ministro do Tesouro da Argentina, Nicolas Dujovne, disse a repórteres que o governo manteve a meta de 15 por cento e apoiou os esforços do banco central.

O banco elevou a taxa básica de juros três vezes em 2018 --em 27 de abril, depois na quinta-feira e novamente nesta sexta-feira, elevando-a do patamar de 27,25 por cento.

Economistas e investidores privados reclamaram do ritmo lento do avanço na redução do déficit fiscal primário, que não inclui pagamentos de juros sobre dívidas.

A meta era de 3,2 por cento do PIB antes que Dujovne a mudasse para 2,7 por cento.

O governo adotou políticas destinadas a estimular o crescimento econômico antes da esperada candidatura à reeleição do presidente Mauricio Macri para 2019. A percepção de pressão política sobre o banco para estimular a atividade econômica, mantendo a oferta de dinheiro em aberto colocava em dúvida sua disposição em elevar as taxas de juros.

As dúvidas evaporaram na tarde de quinta-feira. O peso argentino em queda apontou para uma falta de confiança dos investidores na terceira maior economia da América Latina, que é afetada por uma das maiores taxas de inflação do mundo, apesar das políticas de Macri favoráveis ​​aos investidores.

(Por Hugh Bronstein)

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