PEQUIM (Reuters) - O banco central da China não tem intenção de apertar ou flexibilizar a política monetária do país, disse o vice-presidente da autoridade monetária nesta quinta-feira, no momento em que o mercado debate quanto apoio Pequim dará à economia depois da divulgação de dados surpreendentemente resilientes na semana passada.
O uso de operações de recompra reversa ou do instrumento de empréstimos de médio prazo pelo Banco do Povo da China não sinaliza que há um viés de afrouxamento, disse o vice-presidente do banco central, Liu Guoqiang, a repórteres.
Pelo contrário, disse Liu, se o banco central não realizar operações de recompra reversas por alguns dias, isso não significa que a política monetária esteja prestes a ser apertada. Essas ferramentas são projetadas para ajustar a liquidez de curto prazo, acrescentou ele.
As expectativas do mercado financeiro sobre a perspectiva da política monetária da China mudaram significativamente desde a divulgação do PIB melhor do que o esperado no primeiro trimestre e de dados econômicos de março, sugerindo que a economia pode estar começando a se estabilizar após uma série de medidas anteriores de fomento ao crescimento.
Seguindo os sinais de melhora na economia, fontes próximas ao assunto disseram à Reuters que o banco central deve dar uma pausa para avaliar as condições antes de tomar medidas adicionais para reduzir o compulsório bancário.
Liu disse que a política monetária prudente permanece nem muito apertada nem muito frouxa, e o banco central não quer ver uma crise de liquidez nem um mercado cheio de dinheiro.
(Por Stella Qiu, Winni Zhou)