Por Kevin Yao
PEQUIM (Reuters) - O banco central da China não vê necessidade imediata de flexibilizar ainda mais sua política monetária, mas vai manter as condições estimulativas para apoiar a recuperação da segunda maior economia do mundo, disseram quatro fontes à Reuters.
Uma recuperação mais forte do que a esperada na atividade do segundo trimestre reduziu a urgência do Banco do Povo da China, depois que as autoridades anunciaram medidas de emergência sem precedentes no início do ano para lidar com o choque causado pela crise do coronavírus.
O banco também quer evitar os efeitos colaterais causados por estímulos excessivos, como um aumento da dívida e riscos de bolhas no mercado imobiliário, disseram as fontes, envolvidas em discussões internas.
Além disso, as autoridades desejam economizar sua munição em meio à incerteza sobre quanto tempo levará para a economia global se recuperar e ao aumento das tensões entre Estados Unidos e China, disseram as fontes.
"Devemos manter a política monetária estável no curto prazo e deixar algum espaço para o futuro", disse uma das fontes.
O Banco do Povo da China não respondeu imediatamente a um pedido da Reuters por comentário.