Por Leigh Thomas
PARIS (Reuters) - A economia da França deve expandir ligeiramente mais do que o esperado até 2019 graças ao comércio internacional mais forte, mas corre o risco de quebrar seus compromissos sobre déficit público, projetou o banco central nesta sexta-feira.
Embora a economia esteja acelerando mais rápido que o esperado, o presidente do Banco da França, François Villeroy de Galhau, disse que ainda se justifica uma política monetária frouxa para o bloco.
"Continuamos ativos porque ainda há a necessidade de uma política monetária expansionista", disse Villeroy na Radio Classique. "Ainda não estamos na meta de inflação de 2 por cento no médio prazo."
O banco central informou que o crescimento deve acelerar de 1,4 por cento este ano para 1,6 por cento em 2018 e 2019. As estimativas em dezembro eram de expansão de 1,3 por cento em 2017, 1,4 por cento em 2018 e 1,5 por cento em 2019.
Enquanto a melhora do comércio internacional ajudará a sustentar a atividade, os ganhos do consumidor oferecerão menos apoio do que nos últimos anos, uma vez que os ganhos salariais não alcançaram a inflação, disse o banco central.
Após inflação de apenas 0,3 por cento em 2016 em meio a preços fracos de energia, o banco central estimou que os preços ao consumidor subirão 1,2 por cento este ano e no próximo, e 1,4 por cento em 2019. A estimativa para 2017 não mudou em relação a dezembro, mas para 2018 e 2019 ela foi reduzida um pouco por expectativa de preços do petróleo mais fracos.