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BC está mesmo disposto a subir juros? Ações dizem mais que palavras - UBS Wealth

Publicado 28.08.2024, 15:53
© Reuters

Investing.com – Quanto mais cedo o Banco Central ajustar a política monetária, mais suave será o ciclo econômico por vir. É o que aponta o UBS Wealth Management em relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta semana em que aponta a deterioração nas expectativas inflacionárias e desvalorização do real como fatores de preocupação.

Além disso, diante de dados de atividade mais fortes, com um mercado de trabalho resiliente e uma série de incertezas fiscais, esses fatores de risco adicionais reforçam a necessidade de uma mudança na postura, de acordo com o relatório.

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Ações valem mais do que palavras

Com inflação acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, ainda que com limite de 1,5 ponto percentual, a comunicação mais recente dos membros Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tem sido mais enfática.

Ainda que representantes Banco Central tenham dito que irão subir a Selic se for necessário, os economistas Solange Srour, e Rafael Castilho alfinetam: “ações valem mais do que palavras, inclusive em política monetária”.

Em julho, a autoridade monetária demonstrou preocupação com a atual desancoragem das expectativas de inflação e com a desvalorização do real, mencionando estes fatores no balanço de riscos.

Desancoragem das expectativas

A desancoragem das expectativas inflacionárias vem sendo percebida nos relatórios do Boletim Focus ao longo do ano. No entanto, a situação já pior à que antecedeu aumentos no passado, compararam os economistas. Quando comparam o desvio atual das expectativas com ciclos anteriores onde houve um aumento nas taxas de juros, os economistas ressaltam que agora o desvio já é superior ao observado em vários casos.

“O atual desvio das expectativas de inflação em relação à meta é superior ao apresentado no início de quatro dos seis períodos monetários anteriores de ciclos de aperto”, destacam os economistas.

Mas, ao estender a comparação a algumas reuniões anteriores à primeira subida da Selic, os economistas ponderam que “embora o nível de desancoragem varie entre os diferentes ciclos, a tendência nas reuniões anteriores à primeira subida das taxas de juros é de aumento da desancoragem de expectativas”, esclarecem, mencionando que somente em duas situações, com ciclos de aperto de Henrique Meirelles em 2004 e Alexandre Tombini em 2013, houve desvio maior do que o atual.

Ajuste é necessário, segundo UBS Wealth

Assim, um ajuste na política seria necessário, na visão dos economistas. “A ação da política monetária neste momento pode trazer uma diminuição dos prêmios de risco nas mais diversas áreas de ativos financeiros, especialmente no câmbio e nas taxas de juros longas”.

Para o UBS Wealth, além da desancoragem das expectativas, outros fatores reforçam a necessidade de altas na Selic, como o maior dinamismo da economia diante de um mercado de trabalho aquecido, com salários e empregos em alta.

O patamar atual da inflação não deve ser o único motivo de uma cautela maior, mas riscos da incerteza fiscal, ancoragem das expectativas e uma economia forte, indicando a necessidade de uma política monetária mais restritiva.

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