👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

BC mantém juro em 14,25% em decisão unânime e sinaliza corte nos próximos meses

Publicado 27.04.2016, 20:53
© Reuters. Sede do Banco Central do Brasil, em Brasília

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central manteve nesta quarta-feira a taxa básica de juros em 14,25 por cento ao ano, como esperado, em decisão unânime pela primeira vez desde de outubro, em uma indicação de que está preparando o caminho para começar a reduzir os juros nos próximos meses.

No comunicado, o Comitê de Política Monetária reconheceu avanços no controle da inflação, mas advertiu que "o nível elevado da inflação em doze meses e as expectativas de inflação distantes dos objetivos do regime de metas não oferecem espaço para flexibilização da política monetária".

Pesquisa Reuters com economistas estimava manutenção da Selic neste patamar, o mesmo desde julho do ano passado.

"A decisão unânime e o tom do comunicado, além dos comentários que estão sendo feitos pelo provável novo governo, irão aumentar as apostas no corte de juros já em julho. Estamos alterando nossa previsão (de baixa) para agosto ante outubro", disse o economista sênior para a América Latina da 4Cast, Pedro Tuesta.

Esta pode ser a última reunião do Copom da atual diretoria do BC, comandada por Alexandre Tombini, já que provavelmente o Senado Federal irá aprovar o afastamento da presidente Dilma Rousseff no dia 11 de maio, levando o vice Michel Temer a assumir a Presidência. Temer já afirmou que fará mudanças na equipe econômica.

Nos últimos três encontros do Copom, os diretores Sidnei Corrêa Marques (Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural) e Tony Volpon (Assuntos Internacionais) votaram por elevação em 0,5 ponto percentual da Selic.

Agora, ambos acompanharam a maioria pela manutenção dos juros, em meio à desaceleração da inflação, tendo como pano de fundo um cenário de profunda recessão econômica.

"Eu imaginava que teriam alguns diretores pensando numa alta da taxa de juro por conta da política fiscal ainda frouxa", disse o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito.

Nos doze meses até abril, o IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, subiu 9,34 por cento, abaixo dos 9,95 por cento do mês anterior, mas muito acima da meta do governo --de 4,5 por cento pelo IPCA, com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou menos. [nL2N17N0J4]

Na pesquisa Focus mais recente, realizada pelo BC com mais de uma centena de economistas, a estimativa para o IPCA em 2016 foi revisada para baixo pela sétima vez consecutiva, a 6,98 por cento. A projeção para taxa de juros é que seja reduzida na reunião do Copom no final de agosto, encerrando o ano a 13,25 por cento.[nEMNG4N0S1]

O BC vem repetindo seu compromisso de cumprir a meta neste ano e, em comunicados recentes, já vinha argumentado que não vê espaço para redução nos juros, apesar da atividade em franco declínio.

© Reuters. Sede do Banco Central do Brasil, em Brasília

(Por Alonso Soto e Stephen Eisenhammer)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.