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BC mantém Selic em 6,5%, diz que pode subir juros se quadro piorar

Publicado 19.09.2018, 19:21
Atualizado 19.09.2018, 19:21
© Reuters. .

Por Marcela Ayres e Bruno Federowski

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central manteve nesta quarta-feira a taxa de juros no seu piso histórico, de 6,5 por cento, mas apontou que pode subir a Selic à frente caso haja piora do quadro atual, conforme as incertezas ligadas às eleições vêm guiando uma escalada do dólar frente ao real.

"O Copom reitera que a conjuntura econômica ainda prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural. Esse estímulo começará a ser removido gradualmente caso o cenário prospectivo para a inflação no horizonte relevante para a política monetária e/ou seu balanço de riscos apresentem piora", disse o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

Em pesquisa Reuters, 39 de 40 economistas já esperavam que a taxa fosse mantida pela quarta reunião consecutiva do Copom, a última antes da eleição do próximo presidente do Brasil. O único voto dissidente, do Societe Generale (PA:SOGN), previa elevação de 0,25 ponto percentual, a 6,75 por cento.

A mudança na comunicação do BC, embora esperada, representa uma postura mais firme em relação à eventual elevação dos juros depois de o BC ter optado por se abster de dar sinalizações diante do atual nível de incertezas.

No comunicado, a autoridade monetária também passou a ver um cenário menos favorável para a inflação. Agora, avaliou "que diversas medidas de inflação subjacente se encontram em níveis apropriados, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária". Em agosto, pontuara que essas medidas de inflação subjacente seguiam "em níveis baixos".

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Em outra frente, também avaliou que os riscos para uma inflação mais alta se elevaram, com referência à deterioração do cenário externo para emergentes e à frustração sobre a continuidade de reformas econômicas no país.

A preocupação de que o vencedor da corrida presidencial não consiga implementar uma agenda de reformas econômicas para reequilibrar as contas públicas e estabilizar o endividamento magnificaram o efeito das perdas em mercados emergentes sobre o Brasil, levando o dólar para perto de suas máximas históricas frente ao real.

O fortalecimento da moeda norte-americana pode elevar os preços de importados e acelerar a inflação, embora o desemprego elevado e a alta capacidade ociosa das empresas deva limitar esse repasse.

"Uma depreciação razoável, acima do patamar atual, poderia levar o Banco Central a agir aumentando a taxa de juros. Essa depreciação não vista como temporária. Ou seja, desde que o mercado avalie com ceticismo a realização de um ajuste fiscal no Brasil", afirmou o economista-chefe do Santander (SA:SANB11), Mauricio Molan.

Ele ressalvou, contudo, que o cenário do Santander é de que não haverá alta de juros até o fim do ano.

A próxima reunião do Copom acontecerá em 30 e 31 de outubro, após a possível realização do segundo turno do pleito presidencial, em 28 de outubro.

Para a economista-chefe da Rosenberg, Thaís Zara, o BC fez um seguro para subir os juros, se necessário, embora não tenha indicado este caminho como o mais provável.

"A variável chave nessa decisão será o câmbio: se ele avançar muito mais do que os 4,15 reais contemplados no cenário de juros e câmbio constante, a projeção para 2019 tende a se afastar muito do centro da meta, levando-o a agir", completou ela, em nota a clientes.

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Nesta quarta-feira, o BC repetiu que a política monetária só reagirá aos movimentos cambiais se eles afetarem outros preços ou expectativas. Também voltou a ponderar que os efeitos desses choques podem ser mitigados pelo grau de ociosidade na economia e pelas expectativas de inflação ancoradas nas metas.

No cenário com juros constantes no patamar atual e dólar constante a 4,15 reais, o BC passou a ver a inflação subindo 4,4 por cento em 2018 e 4,5 por cento em 2019, passando do centro da meta no último caso.

O alvo oficial perseguido pelo governo para o IPCA neste ano é de 4,50 por cento e, para o ano que vem, de 4,25 por cento, sendo que para ambos os anos há margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Considerando o cenário de mercado, contudo, o BC diminuiu a projeção de inflação para 2018 a 4,1 por cento, sobre 4,2 por cento antes. Para 2019, a estimativa subiu a 4,0 por cento, contra 3,8 por cento anteriormente.

Na pesquisa Focus mais recente, feita pelo BC junto a uma centena de economistas, a expectativa é de que a inflação fechará este ano em 4,09 por cento, indo a 4,11 por cento no ano que vem.

(Com reportagem adicional de Mateus Maia)

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