BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central piorou nesta sexta-feira sua projeção para o déficit em transações correntes neste ano a 23,3 bilhões de dólares, sobre 18,4 bilhões de dólares antes, principalmente por um superávit mais fraco esperado para a balança comercial.
Agora, a estimativa é que o saldo positivo das trocas comerciais fique em 56 bilhões de dólares no ano, ante 59 bilhões de dólares na projeção feita em dezembro.
Isso porque com maior fôlego da atividade econômica a expectativa é que as importações cresçam no país. Nas contas do BC, esse volume será de 169 bilhões de dólares em 2018, alta de 10,3 por cento sobre o ano passado.
Já as exportações devem subir 3,6 por cento na mesma base, a 225 bilhões de dólares.
Para os gastos líquidos de brasileiros no exterior, a projeção segue sendo de 17,3 bilhões de dólares no ano.
Por sua vez, a conta para a remessa de lucros e dividendos ao exterior caiu a 24,5 bilhões de dólares, sobre 25,5 bilhões de dólares antes.
Em relação aos Investimento Direto no País (IDP), o BC segue calculando que serão 80 bilhões de dólares em 2018.
FEVEREIRO
Nesta sexta-feira, o BC também divulgou que houve um superávit em transações correntes de 283 milhões de dólares em fevereiro, melhor dado para o mês desde 2007, quando veio positivo em 326,1 milhões de dólares.
O resultado, porém, ficou abaixo da expectativa de um superávit de 325 milhões de dólares, segundo pesquisa Reuters.
Quanto aos investimentos diretos no país (IDP), eles somaram 4,743 bilhões de dólares em fevereiro, acima da projeção de analistas de 4,5 bilhões de dólares.
No primeiro bimestre, o déficit nas transações correntes ficou em 4,024 bilhões de dólares, ante rombo de 6,030 bilhões de dólares em igual período do ano passado. Em 12 meses, o déficit caiu a 0,38 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
(Por Marcela Ayres)