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BC ponderou subir juros em mais de 1 ponto, mas concluiu por aumentar ciclo de aperto

Publicado 28.09.2021, 08:17
Atualizado 28.09.2021, 09:30
© Reuters. Prédio do Banco Central em Brasília
25/-8/2021. 
REUTERS/Amanda Perobelli

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central ponderou subir os juros para além do ajuste de 1 ponto que acabou adotando, mas chegou à conclusão que considerando o cenário de incertezas sobre os choques na inflação, era melhor aumentar o ciclo de aperto na Selic para patamar "significativamente contracionista".

Na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) publicada nesta terça-feira, o BC também apontou que, ao cabo, a leitura foi de que a elevação em 1 ponto era adequada para garantir a convergência da inflação para a meta em 2022 enquanto avalia com mais cautela o estado da economia após o impacto causado pela crise de Covid-19.

"O Copom concluiu que, neste momento, a manutenção do atual ritmo de ajuste associada ao aumento da magnitude do ciclo de ajuste da política monetária para patamar significativamente contracionista é a estratégia mais apropriada para assegurar a convergência da inflação para as metas de 2022 e 2023", trouxe a ata.

Na semana passada, o BC aumentou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, ao patamar de 6,25% ao ano, e indicou que deverá repetir a dose na próxima reunião do Copom, em outubro, dando sequência ao seu agressivo ciclo de aperto monetário para domar a inflação. [nL1N2QO361]

Na ocasião, o BC já havia adotado um tom mais assertivo ao frisar que sua intenção era avançar "no território contracionista", levando os juros a patamar em que atuam no sentido de esfriar a economia para conseguir com isso conter a inflação. Antes, o BC havia se limitado a dizer que era adequado levar a Selic para patamar acima do neutro.

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Nesta terça-feira, o BC jogou mais de luz sobre sua visão, ao explicitar que mira um nível "significativamente contracionista" para os juros básicos para que a inflação seja ancorada.

De acordo com o documento, três ponderações foram levadas em conta pelo Copom ao se debruçar sobre os custos e benefícios de acelerar o ritmo da elevação dos juros.

Em primeiro lugar, o BC avaliou que o estágio do ciclo de ajuste é caracterizado por uma política monetária já efetivamente contracionista. Ou seja, que atua no sentido de esfriar a economia.

Em segundo, a autoridade monetária pontuou que simulações com trajetórias de elevação de juros que mantêm o ritmo atual de ajuste, mas consideram diferentes taxas terminais, sugerem que o atual ritmo de elevação na Selic é suficiente para atingir patamar significativamente contracionista e garantir a convergência da inflação para a meta em 2022, a despeito da assimetria no balanço de riscos.

"Finalmente, o peso de itens voláteis nas revisões das projeções de inflação de curto prazo e o ineditismo do processo de readequação econômica pós-pandemia reforçam o benefício de acumular mais informações sobre o estado da economia e a persistência dos choques em vigor", destacou o documento.

Pelo cenário básico já divulgado na semana passada, as contas do BC são de inflação em 8,5% em 2021, 3,7% em 2022 e 3,2% em 2023, contra metas centrais de 3,75%, 3,5% e 3,25%, respectivamente, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos em todos os casos.

O horizonte relevante para a política monetária contempla o ano que vem e o próximo, sendo que para 2022 as expectativas estão "ligeiramente acima da meta", reconheceu o BC.

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"O Comitê ponderou que os riscos fiscais continuam implicando um viés de alta nas projeções. Essa assimetria no balanço de riscos afeta o grau apropriado de estímulo monetário, justificando assim uma trajetória para a política monetária mais contracionista do que a utilizada no cenário básico", disse o BC, repetindo alerta sobre o impacto dos temores quanto à gestão das contas públicas em variáveis que afetam a inflação.

Na pesquisa Focus mais recente, feita pelo BC junto a uma centena de economistas, as expectativas são de alta do IPCA de 8,45% este ano, 4,12% ano que vem e 3,25% em 2023. Para 2022, portanto, o mercado segue piorando suas projeções, mantendo visão mais pessimista que a do BC. [nL1N2QT0TN]

Sobre a inflação, o BC reforçou na ata mensagem que já havia divulgado na semana passada, de que a inflação ao consumidor segue elevada e que a alta em bens industriais deve prosseguir no curto prazo.

Ao mesmo tempo em que destacou que os preços de serviços subiram a taxas maiores, mas que o movimento era esperado, o BC chamou a atenção sobre a persistência de pressões sobre componentes voláteis como alimentos, combustíveis e, especialmente, energia elétrica, que refletem fatores como câmbio, preços de commodities e condições climáticas desfavoráveis.

Últimos comentários

Errados. O melhor seria subir um pouco mais rápido agora, abafando logo esse "fogo da inflação", do que tentar controlar com doses pequenas, em muito breve teremos juros altos com inflação alta. Se já no começo do ano tivessem subido 3 ou 4 pontos, botando a um patamar neutro, talvez a selic nem tivesse passado de 6 %.
Metas do tipo "me engana que eu gosto".
Colocar banqueiro na Presidência do BACEN é o mesmo que jogar sapo n'água...
Tomaram decisoes equivocadas, com tom populista e contra as principais vozes do mercado. Fizeram merda no inicio, agora o estrago é grande e o remedio é muito amargo.
Não adianta subir juros se o país não gera emprego e renda. É visível a estagflação(inflação alta + estagnação). Isso vai sugar a economia e qualquer imprevisto como o caso evergrade será o colapso financeiro.
Qual país do mundo não fez a expansão monetária devido a pandemia?Os puristas preferem que não faze-la em detrimento da fome que com certeza advirão.
Expansao monetaria ferrou o br agora estamos pagando a conta que bem chegou direito
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PG não fez nada e deixou o dólar correr solto, com uma taxa de juros extremamente baixa num país desestruturado e com as commodities indo pra lua. o resultado está aí, inflação fora de controle, dólar nas alturas, risco fiscal, país endividado, sem perspectiva, desemprego em nível recorde, miseráveis e pedintes em cada esquina. Esse é o retrato desse desgoverno que eu tive a infelicidade de ajudar a eleger (não voto e odeio comunistas).
Nossa.. Acho que vou me matar...
continua limitado.....  cheio de ódio imbecil!  "odeio comunistas".... fala infantil!  Antes do imbecil presidente não ficavam com essa babaquice! gado!
Essa dupla Guedes- Campos é igual a peito de homem: Não serve pra nada.
A Ata do BC= verborragia ( escrever muito para se dizer nada; pura inutilidade para tentar justificar a própria incompetência na condução da política monetária do País ).😴
O Paulo Guedes é só por Deus. Eu esperava mais desse cidadão. Lamentável esse governo!!!!
Paulo Guedes só fez cagada, bla bla bla só isso e deixou a coisa desandar!!!!! Péssimo governo
As últimas ações mostram que o BC não tem independência alguma.
Estao com medo !
O desgoverno está completamente perdido. Mesmo com os inúmeros avisos, colocou os juros em irresponsáveis 2%. Potencializou a inflação global aqui no Brasil e, agora, não consegue segurar a burrada que ele mesmo fez.
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