SÃO PAULO (Reuters) - O Banco Central previu um crescimento do crédito no país de 15,6% este ano, ante projeção de 11,5% feita em setembro, conforme dados do seu Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira.
"O aumento decorre tanto da demanda acentuada de crédito das empresas como pela recuperação do crédito às famílias, em especial no segmento com recursos livres", disse o BC.
Agora, a expectativa é que o crédito às famílias suba 10,4% em 2020, contra expectativa anterior de 7,8%. Para as empresas, a alta foi calculada em 22,6%, ante 16,5% no último relatório.
Para o estoque de crédito livre, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e tomadores, o BC projeta agora uma expansão de 15,8% (+12,5% antes). Para o crédito direcionado, que atende a parâmetros estabelecidos pelo governo, a perspectiva é de alta de 15,2% (+10,1% antes).
Nas contas do BC, a expansão do estoque de crédito em 2021 será de 7,8%, acima do patamar de 7,3% indicado no relatório anterior.
Nesse caso, a autoridade monetária vê alta de 10,6% no crédito às pessoas físicas (frente a +9,0% antes) e de 4,2% no crédito às empresas (+5,1% antes).
No próximo ano, o estoque de crédito com recursos livres deve ter expansão de 11,1%, ao passo que o saldo com recursos direcionados deve subir 3,3%, completou o BC. Antes, essas previsões eram de 9,0% e 4,7%, respectivamente.
(Por Camila Moreira)