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BC corta projeção do PIB de 2020; confira novos números de bancos e corretoras

Publicado 26.03.2020, 16:58
© Reuters.

Por Leandro Manzoni e Ana Julia Mezzadri

Investing.com - As revisões para baixo das estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto de 2020 continuaram nesta quinta-feira (26). Após várias instituições financeiras e o Ministério da Economia, o Banco Central (BC) cortou sua projeção para zero, ante crescimento de 2,2% calculado em dezembro. A nova previsão foi apresentada em seu Relatório Trimestral de Inflação divulgado hoje.

A autoridade monetária destacou que a estabilidade agora vista está associada a impactos econômicos "expressivos" decorrentes da pandemia do coronavírus. O BC também ponderou que, mesmo antes do surto do Covid-19 derrubar os mercados e afetar a perspectiva de crescimento global, os mais recentes dados econômicos brasileiros frustraram as expectativas.

Nesta semana, foram divulgados os números referentes a vendas do varejo, o nível de atividade do setor de serviços e o IBC-Br, índice que antecipa o PIB divulgado pelo IBGE, de janeiro.

O primeiro mês deste ano apresentou a pior performance em um ano nas vendas do varejo, que retraíram 1,0% na comparação com dezembro com ajuste sazonal, o segundo resultado mensal negativo seguido, conforme divulgado pelo IBGE na terça-feira.

Já o setor de serviços apresentou crescimento de 0,6% em janeiro - após novembro e dezembro com retração -, também segundo IBGE na quarta-feira. No entanto, a alta não vai se sustentar ao longo por causa da pandemia de coronavírus. O IBC-Br de janeiro, divulgado hoje pelo Banco Central, apresentou crescimento de 0,24% na economia brasileira em relação a dezembro.

Confira abaixo as revisões para a estimativa do PIB de 2020 por instituições financeiras e de órgão públicos que mexeram nas projeções nas últimas semanas, com espaço para mais cortes.

- Itaú: de 1,8% para -0.7%

- Moody's: de 2% para -1.6%

- BC: de 2,2% para 0%

- Ministério da Economia: de 2,1% para 0,02%

- BofA: de 1,5% para -0,5%

- JPMorgan: de 1,6% para -1%

- Goldman Sachs: de 1,5% para -0,9%

- Itaú Asset Management: de 2,3% para -0,3%

- Credit Suisse: de 1,4% para 0

- UBS: de 2,1% para 1,3% e depois 0,5%

- Santander: de 2% para 1%

- Citi: de 2% para 1,6%

*Com contribuição de Reuters

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