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BCE sinaliza início de alta de juros em julho, com possível ajuste mais intenso em setembro

Publicado 09.06.2022, 09:03
Atualizado 09.06.2022, 11:21
© Reuters. Sede do BCE em Frankfurt
23/01/2020
REUTERS/Ralph Orlowski

Por Bart H. Meijer

FRANKFURT (Reuters) - O Banco Central Europeu encerrou nesta quinta-feira um esquema de estímulo de longa duração e sinalizou que vai promover sua primeira alta de juros desde 2011 no mês que vem, movimento que pode ser seguido por ajuste possivelmente maior em setembro caso a inflação não desacelere.

Com o salto dos preços acelerando no mês passado para um recorde de 8,1% e ainda em treajetória de alta, o BCE agora teme que a inflação se dissemine e possa se tornar uma espiral de preços e salários difícil de quebrar, estabelecendo uma nova era de custos teimosamente mais elevados.

O banco central dos 19 países que compartilham o euro disse que encerrará seu Programa de Compra de Ativos, principal ferramenta de estímulo desde a crise da dívida da zona do euro, em 1° de julho, e que aumentará os juros em 0,25 ponto percentual também no mês que vem. Em setembro fará novo movimento, possivelmente por uma margem maior --alta de 0,50 ponto percentual que seria a maior dose de aperto desde junho de 2000.

"Vamos garantir que a inflação retorne à nossa meta de 2% no médio prazo", disse a presidente do BCE, Christine Lagarde, durante entrevista coletiva. "Não é apenas um passo, é uma jornada", disse ela sobre os movimentos sinalizados nesta quinta-feira.

O rápido aumento da inflação foi impulsionado inicialmente pelos preços da energia e dos alimentos à medida que as economias emergiam dos lockdowns da Covid-19, mas a invasão da Ucrânia pela Rússia acelerou essas tendências.

"O Conselho do BCE prevê que um caminho gradual, mas sustentado, de novos aumentos nas taxas de juros será apropriado", disse o comunicado de política monetária do BCE. "A inflação alta é um grande desafio para todos nós."

Os mercados passaram a precificar 1,43 ponto percentual de aumentos de juros pelo BCE até o final deste ano após o comunicado, acima do 1,38 ponto previsto anteriormente. Isso implicaria aumentos de juros em todas as próximas reuniões de política monetária a partir de julho, com alguns desses ajustes superiores a 0,25 ponto percentual.

Também há expectativa de aumento acumulado de 2,30 pontos percentuais na taxa de depósito do BCE até o final de 2023, o que deixaria o pico da taxa de juros neste ciclo de aperto perto de 2%.

Isso deixou Lagarde --que há poucos meses disse que uma alta de juros neste ano era altamente improvável-- numa posição complicada em sua entrevista coletiva desta quinta-feira.

© Reuters. Sede do BCE em Frankfurt
23/01/2020
REUTERS/Ralph Orlowski

No entanto, ela mostrou pouca hesitação, ressaltando várias vezes como o banco planeja aumentar gradualmente os juros nas próximas reuniões.

Ela também prometeu não permitir que os custos de empréstimos dos países que sofreram na crise da dívida da zona do euro sejam novamente impulsionados pelos mercados financeiros. "Estamos comprometidos, comprometidos!", disse Lagarde.

O primeiro aumento de juros do BCE em mais de uma década ainda deixará o banco atrasado em relação à maioria de seus pares globais, incluindo o Federal Reserve e o Banco da Inglaterra, que vêm aumentando agressivamente os custos dos empréstimos e prometendo ainda mais medidas no combate à inflação.

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