Por Balazs Koranyi e Francesco Canepa
FRANKFURT (Reuters) - O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter sua política de afrouxamento monetário nesta quinta-feira, mas o presidente da instituição, Mario Draghi, agora enfrentará a difícil e potencialmente prejudicial alta do euro ante o dólar.
Mesmo que a economia da zona do euro melhore, um euro mais forte ameaça segurar a inflação e coloca em risco o trabalho feito em anos de estímulos, provavelmente forçando Draghi a jogar "água fria" sobre as expectativas crescentes de que o BCE está a caminho de elevar as taxas de juros.
Em uma decisão amplamente esperada, o BCE manteve sua principal taxa de juros no campo negativo, voltou a prometer que segurará as taxas para além do término da compra de bônus e se comprometeu a continuar com o programa de compra de ativos até uma recuperação sustentada da inflação.
O BCE espera que as "as taxas de juros permaneçam nos níveis atuais por um longo período de tempo, e bem além do horizonte das compras líquidas de ativos", informou a instituição em um comunicado.
Tendo comprado mais de 2 trilhões de euros em títulos nos últimos três anos, o BCE reduziu quase sozinho os custos de empréstimos na zona do euro para dar início ao crescimento da economia e elevar os preços.
A inflação segue distante da meta do BCE, de 2 por cento, então Draghi dificilmente pode enfrentar grande volatilidade da moeda.