Por Francesco Canepa e Balazs Koranyi
VIENA/FRANKFURT (Reuters) - O Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juros como esperado nesta quinta-feira, nas mínimas recordes conforme imprime dinheiro para impulsionar a economia e elevar a inflação.
Em entrevista, o presidente do BCE, Mario Draghi, disse que esperava que taxas continuem nos níveis atuais ou menores além da duração da compra de ativos, até pelo menos março de 2017.
"Recuperação econômica na área do euro continua atenuada por perspectivas de crescimento moderado nos mercados emergentes, os ajustes de balanços necessários... e ritmo lento de implementação de reformas estruturais", disse ele a repórteres.
"Estímulos adicionais... são esperados de medidas de políticas monetárias que ainda serão implementadas e irão contribuir para reequilibrar ainda mais o risco de perspectiva de crescimento".
A inflação não atingiu a meta do BCE de quase 2 por cento ao ano à medida que o desemprego elevado segura os salários, altos níveis de dívidas sufocam investimentos, a demanda para bens e serviços continua fraca e os baixos preços do petróleo seguram os preços.
Mas o crescimento do primeiro trimestre superou todas as expectativas, com confiança crescente, deixando a economia da zona do euro em sua melhor fase desde a crise financeira global.
O BCE atualizou sua previsão para o crescimento da zona do euro em 2016 de 1,4 por cento, previsto em março, para 1,6 por cento, mantendo sua estimativa de 1,7 para o próximo ano. Para 2018, mudou de 1,8 para 1,7 por cento a sua conta.
A autoridade monetária também aumentou sua previsão de inflação de 2016, de 0,1 por cento para 0,2 por cento, citando fatores que incluem o efeito de recente alta no preço do petróleo.