Por Francesco Canepa e Balazs Koranyi e Frank Siebelt
FRANKFURT (Reuters) - É improvável que o Banco Central Europeu corte sua taxa de juros já em uma mínima recorde, uma vez que isso faria pouco para reanimar a economia da zona do euro atingida pela pandemia, disseram cinco fontes à Reuters, minimizando as preocupações com um euro forte.
Os operadores ficaram coçando a cabeça esta semana depois o presidente do banco central holandês, Klaas Knot, disse que o BCE "tem espaço" para levar sua taxa de depósito, atualmente em -0,5%, ainda mais abaixo de zero, se necessário, para conter uma recuperação do euro.
As fontes disseram que Knot havia levantado a questão do corte de juros na reunião de política monetária do BCE na semana passada, mas que a discussão foi "marginal" e não considerada parte da estratégia do BCE, que agora se concentra na compra de títulos e empréstimos baratos aos bancos.
"Mesmo que você veja uma valorização muito maior, eu não inferiria que a única resposta para isso é a taxa de juros", disse uma das autoridades.
As fontes observaram que o foco do BCE agora está em manter estáveis as condições de financiamento, ou seja, os rendimentos dos títulos e as taxas de empréstimos bancários, e disseram que a taxa de câmbio é uma questão secundária.