Investing.com - O Banco Central divulgou na manhã desta segunda-feira (23) a penúltima edição do Boletim Focus do corrente calendário, trazendo novos ajustes em relação às expectativas dos analistas de mercado para a economia brasileira em 2019 e nos próximos anos. Os economistas ouvidos pelo BC reforçam a tendência positiva do final do ano, ao elevarem pela terceira semana consecutiva as estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no ano.
O levantamento realizado pela autoridade monetária aponta o crescimento no país no ano deve ser de 1,16%, diante dos 1,12% estimados na pesquisa divulgada no último dia 16. Há quatro semanas, a estimativa era que o PIB tivesse avanço de 0,99%. Para 2020, a aposta também subiu, de 2,25% para 2,28%, a sétima semana seguida de alta. Há um mês, a aposta era de um crescimento de 2,20% para o ano que vem.
Os analistas ouvidos pelo BC também elevaram as projeções do IPCA para o fechamento do ano, com a aposta indo de 3,86% para 3,98%, sendo que há quatro semanas a aposta era de 3,46%, ainda abaixo do centro da meta de 4,25% e dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Na última sexta-feira, o IBGE informou que o índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 1,05% em dezembro, mostrando aceleração em relação à taxa de 0,14% registrada em novembro. Este é o maior resultado mensal desde junho de 2018, quando o índice foi de 1,11%, e o mais alto índice registrado em dezembro desde 2015, quando foi de 1,18%.
Para 2020, os analistas reduziram projeções do IPCA da semana passada, estimando uma alta de 3,59% e não mais 3,60%, também abaixo do centro da meta de 4% estabelecido para o ano que vem. Há quatro semanas, os economistas também projetavam alta de 3,57% no índice de preços para o ano que vem.
Em relação ao dólar, a aposta é que a moeda americana deva fechar o ano a R$ 4,10, ante um patamar estimado na semana anterior de R$ 4,15. Já as as apostas de 2020 foram mantidas em R$ 4,10.
Sem novas reuniões na Selic neste ano, a taxa básica de juros já está definida para encerrar o ano em 4,50%. Para 2020, a tendência é de manutenção nos 4,50%.