Por Fabrício de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil abriu 195.171 vagas formais de trabalho em março, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado do mês passado, que ficou acima da expectativa na pesquisa da Reuters de criação líquida de 100 mil empregos, foi fruto de 2,168 milhões de admissões e 1,973 milhão de desligamentos.
Em fevereiro, o Brasil havia criado 245.813 vagas formais de trabalho, resultado que se seguiu à alta líquida de 85.189 empregos em janeiro, considerado os dados com ajustes.
O saldo de vagas do mês passado foi o maior para meses de março na série histórica ajustada do Novo Caged, iniciada em janeiro de 2020.
No acumulado do primeiro trimestre, o saldo de empregos formais no Brasil está positivo em 526.173 vagas, segundo a série ajustada. De janeiro a março de 2022, o saldo era positivo em 619.318 postos de trabalho.
Em março, houve saldo positivo de vagas em quatro dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas, com destaque para serviços, que abriram 122.323 postos. Houve criação de 20.984 empregos formais na indústria, 33.641 no setor de construção e 18.555 no comércio.
Na agricultura, por sua vez, foram fechados 332 postos de trabalho em termos líquidos.
Os dados mostraram saldo positivo de empregos criados em todas as cinco regiões do país. O Sudeste abriu o maior número de vagas, com leitura de 113.374, seguido por Sul (37.441), Centro-Oeste (22.435), Nordeste (14.115) e Norte (10.077).
Com relação ao salário médio real de admissão, houve queda em março para 1.960,72, de 1.990,78 no mês anterior, de acordo com a série sem ajustes sazonais.