Por Bernardo Caram
BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil abriu 277.944 vagas formais de trabalho em junho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
O dado do mês passado é fruto de 1,899 milhão de admissões e 1,621 milhão de desligamentos. O saldo ficou próximo às 277.018 contratações registradas no mês anterior, mas abaixo dos 310.036 de junho de 2021, pela série sem ajustes.
Com o resultado, o estoque de empregos formais no país atingiu 42,0 milhões, o maior para o mês da série com ajustes iniciada em 2010.
No acumulado dos seis primeiros meses do ano, foram abertas 1,335 milhão de vagas, ante uma abertura de 1,534 milhão de postos em igual período de 2021, segundo a série sem ajustes.
Os dados positivos indicam que o mercado de trabalho segue aquecido mesmo com o aperto monetário implementado pelo Banco Central para segurar a inflação. A autarquia já elevou a taxa Selic a 13,25% ao ano e deve promover novo aumento na próxima semana.
Em junho, houve saldo positivo em todos os setores, com destaque para as vagas em serviços, com abertura de 124.534 postos, seguido de comércio, com 47.176. Houve criação de 41.517 empregos formais na indústria, 34.460 no setor de agropecuária e 30.257 na construção.
No recorte regional, o Sudeste criou 137.228 vagas no mês e o Nordeste abriu 52.122 postos. O saldo ficou em 34.263 no Centro-Oeste e 31.774 no Sul, enquanto o Norte abriu 21.780 postos.
Com relação ao salário médio de contratação, houve aumento em junho. O valor ficou em 1.922,77 reais, alta de 0,68% em relação ao mês anterior.