Brasília, 25 abr (EFE).- Os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, e da China, Wang Yi, reiteraram nesta sexta-feira em uma coletiva de imprensa em Brasília que a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) não pode esperar e deve acontecer "o mais rapidamente" possível, apesar da rejeição do Congresso dos Estados Unidos.
"Manifestamos o desejo do Brasil e da China que o processo de ratificação da reforma do FMI ocorra o mais rapidamente possível", pois é "um ponto fundamental para uma reforma da governança global", declarou Figueiredo com a Wang Yi, quem concluiu hoje sua viagem pela América Latina.
A declaração foi interpretada como uma mensagem aos Estados Unidos, cujo Congresso rejeitou um projeto promovido desde 2010 e aponta para reforçar os recursos do FMI e a aumentar a participação das principais economias emergentes, como o Brasil e China.
O ministro chinês afirmou que "os compromissos devem ser respeitados", pois isso põe em jogo "a credibilidade do FMI", e ressaltou que uma reforma dessa instituição pode ajudar a que "o sistema seja aperfeiçoado".
Figueiredo lembrou que em 2015 se completam 70 anos da fundação da Organização das Nações Unidas (ONU) e afirmou que nessas sete décadas "a realidade internacional, tanto política como econômica, mudou", e que isso deve ser refletido em todos os organismos internacionais.
"É fundamental que a reforma da governança seja econômica e política", declarou Figueiredo, que também defende uma profunda reforma do Conselho de Segurança da ONU, a fim de que os países emergentes tenham maior representação nessa instância.