BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil fechou 72.615 vagas formais de trabalho em maio, acumulando perda de 1,782 milhão de postos em 12 meses, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira.
O desempenho foi o segundo pior para o mês da série sem ajustes, iniciada em 1992, à frente somente de maio de 2015, quando foram fechados 115.599 postos de trabalho.
No mês passado, houve perda líquida de vagas em seis dos oito setores pesquisados, com destaque para serviços (-36.960 vagas), comércio (-28.885) e construção civil (-28.740). Mostraram desempenho positivo apenas a agricultura (+43.117), por fatores sazonais ligados principalmente à cultura do café na região sudeste, e a administração pública (+1.391).
Nos cinco primeiros meses do ano, foram registradas 448.101 demissões líquidas na série com ajustes, recorde histórico para a série iniciada em 2002. Na mesma etapa do ano passado, foram fechados 243.948 postos.
A deterioração do mercado de trabalho vem na esteira da derrocada da economia, com queda na confiança de empresários e famílias.
A taxa de desemprego no trimestre até maio será divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 29. Nos três meses até abril, ela foi a 11,2 por cento, com quase 11,5 milhões de trabalhadores sem emprego.
(Por Marcela Ayres)