Brasília, 18 ago (EFE).- O Brasil gerou 1,49 milhão de novos empregos formais no ano passado, um número 29,7% superior ao de 2012 (1,15 milhão), informou nesta segunda-feira o Ministério do Trabalho.
O número inclui tanto os empregos registrados formalmente no Ministério do Trabalho pelas empresas privadas (1,075 milhão), que já tinham sido antecipados em janeiro, como os gerados pelo setor público e os postos de trabalho temporários, mas amparados pela lei trabalhista (417.700).
O número de brasileiros com trabalho formal no final do ano passado chegou a 48.948 milhões, com um crescimento de 3,14% contra o de dezembro de 2012 (47.459 milhões).
O aumento do número de trabalhadores formais no Brasil tinha sido de 2,48% em 2012 em comparação com dezembro de 2011.
Segundo o relatório divulgado pelo Ministério do Trabalho, o salário médio do empregado formal no Brasil em dezembro passado era de R$ 2.265,7, com um crescimento de 3,18% frente ao mesmo mês de 2012, já descontada a inflação.
O ministério atribuiu o aumento do número de empregados formais à recuperação econômica registrada no ano passado.
"O comportamento reflete um maior dinamismo no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 em comparação com 2012", assegurou o ministro do Trabalho, Manoel Dias, na entrevista coletiva na qual apresentou os dados.
Após ter crescido apenas 1% em 2012, a economia brasileira se expandiu 2,3% em 2013. Para este ano, no entanto, os economistas do mercado preveem uma desaceleração e um crescimento de apenas 0,79%.
Dias, no entanto, considera que este ano o número de contratações formais voltará a superar o de demissões.
"Apesar de estarmos vivendo uma situação quase de pleno emprego, a geração de empregos continuará positiva este ano. A necessidade de gerar novos postos de trabalho diminui na medida em que o país alcança o pleno emprego", acrescentou o ministro.
Por setores, o de serviços foi o que mais contribuiu na geração de novos empregos formais no Brasil no ano passado (558.600), seguido pela administração pública (403.000), o comércio (284.900), a indústria (144.400) e a construção civil (60.000).
Pelo contrário, entre os setores em que o número de demissões superou o de contratações formais destacou-se o de calçados, com uma perda de 6.200 postos de trabalho.
Segundo Dias, o aumento na geração de empregos formais em 2013 contribuiu para que a taxa de desemprego caísse no ano passado para 5,4% da população economicamente ativa, seu menor nível desde que começou a ser medido com critérios mais rígidos em 2003.