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Déficit em conta corrente do Brasil acelera, mas investimento direto no país tem forte alta

Publicado 24.10.2022, 09:39
© Reuters. Banco Central do Brasil
29/10/2019 
REUTERS/Adriano Machado

Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) -O rombo nas transações correntes do Brasil segue em trajetória de ampliação, impactado por um aumento das remessas de lucros e dividendos ao exterior, mas o investimento direto no país tem apresentado consistente alta, batendo em setembro o valor que era previsto para todo o ano, mostram dados do Banco Central.

Conforme divulgado nesta segunda-feira, houve um avanço nos investimentos diretos no país em setembro, alcançando 9,185 bilhões de dólares, o dobro dos 4,600 bilhões de dólares observados no mesmo mês de 2021. Os dados melhores na comparação com o ano anterior foram observados em todos os meses de 2022.

Com o movimento, o investimento direto no Brasil acumulado de janeiro a setembro somou 70,666 bilhões de dólares, ante 43,296 bilhões de dólares nos mesmos meses de 2021. O dado é o melhor para o período desde 2011, quando ficou em 77,8 bilhões de dólares.

No fim de setembro, o BC ampliou sua projeção para essa conta no ano completo de 2022, de 55 bilhões de dólares para 70 bilhões de dólares.

De acordo com a autoridade monetária, o Brasil registrou em setembro um déficit em conta corrente de 5,678 bilhões de dólares, com o rombo acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 2,56% do Produto Interno Bruto (PIB) --o saldo negativo vem crescendo desde abril deste ano.

Dentro dessa conta, o superávit da balança comercial no mês passado foi de 2,356 bilhões de dólares, ligeiramente inferior ao saldo positivo de 2,551 bilhões de dólares em setembro de 2021.

O movimento foi explicado por um crescimento de 24,5% nas exportações, enquanto as importações tiveram alta de 28,2% no período.

O dado do mês mostrou déficit na conta de renda primária, de 6,534 bilhões de dólares, ante rombo de 3,391 bilhões de dólares em setembro de 2021.

Nesse segmento, as remessas líquidas de lucros e dividendos aumentaram para 5,326 bilhões de dólares, ante 2,508 bilhões de dólares em mês equivalente do ano passado.

"Isso decorre do aumento do estoque do investimento estrangeiro no Brasil, mas também o aumento da lucratividade, que é a consequência esperada de uma melhora da economia", disse o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha.

A despesa líquida com juros, por sua vez, somou 1,225 bilhão de dólares no mês, contra 899 milhões de dólares em setembro de 2021.

Já o rombo na conta de serviços ficou em 1,887 bilhão de dólares, contra 1,352 bilhão de dólares no mesmo mês do ano passado.

© Reuters. Banco Central do Brasil
29/10/2019 
REUTERS/Adriano Machado

Os gastos líquidos com viagens internacionais subiram a 491 milhões de dólares, de 237 milhões de dólares um ano antes.

Em dado parcial captado até o dia 19 deste mês, o fluxo cambial ficou negativo em 2,406 bilhões de dólares, disse ainda o BC.

(Por Bernardo CaramEdição de Camila Moreira e Isabel Versiani)

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