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Brasil tem melhor superávit comercial para janeiro em 11 anos, a US$2,725 bi

Publicado 01.02.2017, 15:46
Atualizado 01.02.2017, 15:50
Brasil tem melhor superávit comercial para janeiro em 11 anos, a US$2,725 bi

SÃO PAULO/BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil teve superávit comercial de 2,725 bilhões de dólares em janeiro, melhor resultado para o mês desde 2006, puxado pelo aumento maior das exportações, numa mudança de direção em relação à tendência vista nos dois últimos anos.

O dado veio acima do saldo positivo em 2,1 bilhões de dólares estimado por analistas em pesquisa Reuters.

No primeiro mês do ano, as exportações subiram 20,6 por cento ante igual período de 2016, pela média diária, a 14,911 bilhões de dólares, informou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta quarta-feira.

As importações avançaram 7,3 por cento na mesma base de comparação, a 12,187 bilhões de dólares.

Tanto em 2015 quanto em 2016, o superávit nas trocas comerciais foi obtido com ajuda da recessão econômica. Isso porque, com a atividade deprimida, as importações caíram em ritmo muito mais acentuado que as exportações.

Para 2017, a expectativa do MDIC é de saldo positivo semelhante ao de 2016, de 47,7 bilhões de dólares, mas com crescimento de exportações e importações na esteira da recuperação da economia brasileira, além de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) global e melhoria no preço das commodities minerais.

DESTAQUES

Em janeiro, houve crescimento em todas as categorias exportadas pelo Brasil. O resultado positivo foi influenciado sobretudo pelo aumento da venda de produtos básicos. As exportações desse grupo somaram 6,787 bilhões de dólares, avanço de 30 por cento na comparação com janeiro de 2016.

As vendas de produtos semimanufaturados e dos manufaturados cresceram 27,5 por cento e 7,4 por cento, respectivamente.

Entre as importações, o principal avanço observado foi na categoria de bens intermediários, com alta de 22,8 por cento em janeiro deste ano ante o mesmo período do ano passado.

Também registraram avanço as importações de combustíveis e lubrificantes (15,8 por cento) e as de bens de consumo(2,8 por cento). As compras de bens de capital, no entanto, recuaram 40,1 por cento.

(Por Luiz Guilherme Gerbelli, de São Paulo, e Alonso Soto, em Brasília)

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