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Superávit comercial do Brasil recua 35% em fevereiro com queda em embarques de petróleo

Publicado 01.03.2023, 15:12
Atualizado 01.03.2023, 16:36
© Reuters. Notas de dólar
02/08/2011
REUTERS/Yuriko Nakao
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BRASÍLIA (Reuters) -O Brasil registrou em fevereiro um superávit comercial de 2,837 bilhões de dólares, com um recuo de 35% do saldo na comparação pela média diária com o mesmo mês do ano passado, em movimento que o governo atribuiu principalmente à queda nas exportações de petróleo e, em menor grau, de soja.

No mês, o país exportou 20,56 bilhões de dólares em bens, enquanto as importações somaram 17,723 bilhões de dólares, mostraram dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) nesta quarta-feira.

O saldo veio abaixo dos 3,1 bilhões de dólares esperados por analistas, segundo pesquisa da Reuters.

As exportações caíram 7,7% na comparação com fevereiro de 2022, pressionadas por uma redução expressiva nos embarques da indústria extrativa (-38,2%), com destaque para uma queda de 67,9% das exportações de óleo bruto de petróleo, que totalizaram 1,199 bilhão de dólares.

Questionado se esse movimento pode ameaçar estratégia anunciada na terça-feira pelo governo de impor uma taxação sobre as exportações de petróleo para cobrir uma reoneração menor dos combustíveis no mercado interno, o subsecretário de Comércio Exterior, Herlon Brandão, disse que ainda não é possível detectar uma tendência para as vendas do produto.

"A redução do volume na nossa visão foi pontual, em janeiro teve embarques grandes, em fevereiro houve queda, e é possível que em março seja grande", afirmou em entrevista coletiva, ressaltando que o registro das exportações de petróleo é tradicionalmente volátil.

© Reuters. Notas de dólar
02/08/2011
REUTERS/Yuriko Nakao

As exportações de soja sofreram uma queda de 3%, a 2,881 bilhões de dólares. Já as vendas externas de milho saltaram 256%, o que Brandão relacionou à reabertura do mercado chinês.

As importações tiveram um recuo de 0,9% no mês passado, também puxadas pelo setor extrativo (-29,1%), com destaque para o gás natural (-85%). As importações da indústria de transformação cresceram 2,1% no período.

(Por Isabel Versiani; edição de Luana Maria Benedito e Pedro Fonseca)

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