Por Omar Younis
ADELANTO, Estados Unidos (Reuters) - Seguindo o rastro das manifestações que paralisaram a capital do Canadá por semanas, caminhoneiros dos Estados Unidos planejam nesta quarta-feira embarcar em uma viagem de 4.000 quilômetros em direção a Washington para protestar contra as restrições relacionadas ao coronavírus.
Os organizadores do 'Comboio do Povo' dizem que querem "impulsionar a economia" e reabrir o país. Sua jornada de 11 dias se aproximará da rodovia Beltway ao redor da capital dos EUA em 5 de março "mas não entrará em D.C. propriamente dita", de acordo com um comunicado.
O Pentágono disse na terça-feira que aprovou 400 soldados da Guarda Nacional do Distrito de Columbia para assegurar "apoio em postos de tráfego designados, fornecer comando e controle e cobrir os requisitos de sustentação" de 26 de fevereiro a 7 de março.
Também foram aprovados cerca de 50 grandes veículos táticos a serem colocados em postos de trânsito.
Brian Brase, motorista de caminhão que é um dos organizadores, disse que independentemente de onde os caminhões parem "não vamos a lugar nenhum" até que as demandas do grupo sejam atendidas. Essas demandas incluem o fim das exigências de vacinas e máscaras.
No Canadá, protestos relacionados à pandemia sufocaram as ruas da capital Ottawa por mais de três semanas e bloquearam a travessia terrestre mais movimentada entre o Canadá e os Estados Unidos --a Ponte Ambassador que liga Detroit, em Michigan e Windsor, em Ontário-- por seis dias.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, invocou poderes de emergência raramente usados para encerrar os protestos, e a polícia canadense restaurou um senso de normalidade em Ottawa no fim de semana.
"Planejamos ficar um pouco e esperamos que eles não intensifiquem a situação como Trudeau fez com seu nojento governo exagerado", disse Brase de Adelanto, na Califórnia, de onde o comboio partirá, a cerca de 130 quilômetros a nordeste de Los Angeles.
Brase afirmou esperar que milhares, talvez dezenas de milhares, participem do ato.