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Carga de energia do Brasil deve subir 1,3% em agosto com menor isolamento, projeta ONS

Publicado 31.07.2020, 14:50
© Reuters. Torres e linhas de transmissão de energia em Brasília (DF)

SÃO PAULO (Reuters) - A carga de energia do sistema elétrico interligado do Brasil deve crescer 1,3% em agosto quando na comparação com o mesmo mês do ano passado, projetou nesta sexta-feira o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), à medida que o país gradualmente relaxa medidas de isolamento adotadas contra o coronavírus.

O melhor desempenho é esperado no Nordeste, onde a demanda para o próximo mês deve ser 2,5% superior à registrada em agosto de 2019. A previsão coincide com uma redução nos casos e mortes por coronavírus na região, segundo dados do Ministério da Saúde.

No Sudeste, que concentra o maior consumo e é o polo industrial do país, a carga deve fechar com aumento de 1,3% na comparação anual, segundo o boletim do ONS.

Também é esperado aumento na demanda no Sul, com alta de 0,9% ano a ano, enquanto o Norte seria única região com retração, de 0,2%.

Em abril, primeiro mês totalmente sob impactos da pandemia de Covid-19, a demanda por energia desabou 12%, conforme diversas empresas colocaram funcionários em trabalho remoto e indústrias reduziram atividades em meio à desaceleração da economia.

Em maio, houve queda de 10% na carga de energia, que representa soma do consumo com as perdas na rede.

Em junho, o desempenho foi melhor, mas ainda com recuo, de 3,4% na comparação anual.

O ONS não divulgou ainda o resultado da demanda por eletricidade em julho, quando havia expectativa de leve aumento, de 0,5% na comparação anual.

O órgão do setor de energia ainda projetou que as chuvas na região das hidrelétricas do Sudeste, que concentram os principais reservatórios, devem ficar em 73% da média histórica em agosto.

© Reuters. Torres e linhas de transmissão de energia em Brasília (DF)

No Sul, que atravessou uma seca desde meados do ano passado, mas teve melhoria nas últimas semanas, as precipitações devem ficar em torno de 70% da média, segundo o ONS.

(Por Luciano Costa)

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