O BC (Banco Central) aumentou de 28% para 36% a probabilidade de a inflação do Brasil ficar acima do teto da meta. A estimativa consta no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta 5ª feira (26.set.2024) pela autoridade monetária.
A meta de inflação é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 4,24% no acumulado de 12 meses até agosto. O BC aumentou de 4,0% para 4,3% a estimativa para o indicador neste ano.
O Boletim Focus mostrou que agentes do mercado financeiros esperam uma inflação de 4,37% em 2024. Já o Ministério da Fazenda estima a taxa em 4,25%.
O BC também aumentou de 21% para 28% a probabilidade de a inflação ficar acima da meta em dezembro de 2025.
PROJEÇÕES DE INFLAÇÃO
O Banco Central avalia que a inflação subiu nos últimos meses, mas deverá ter uma “trajetória de declínio”. Afirmou, porém, que a taxa ficará acima da meta, de 3%. “As projeções de inflação subiram em todo o horizonte apresentado, aumentando assim o distanciamento em relação à meta”, disse a autoridade monetária. “O aumento da projeção de inflação no horizonte relevante resultou principalmente da atividade econômica mais forte que o esperado, que levou a uma elevação no hiato do produto estimado, da depreciação cambial e do aumento das expectativas de inflação”, completou.
PIB
O Banco Central aumentou de 2,3% para 3,2% a estimativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil deste ano. A economia brasileira avançou 1,4% de abril a junho em relação aos 3 meses anteriores. Foi a 2ª maior taxa de expansão do mundo no período, segundo levantamento da Austin Rating.