O principal responsável pela política externa da União Europeia, Josep Borrell, enfatizou na segunda-feira a necessidade urgente de os aliados ocidentais reforçarem o apoio à Ucrânia. Ele destacou a necessidade imediata de fornecer defesas aéreas para impedir que a Rússia paralise a infraestrutura energética da Ucrânia com a aproximação do inverno.
De acordo com Borrell, as forças russas têm intensificado os ataques ao sistema energético da Ucrânia, levando a reduções significativas na disponibilidade de eletricidade. Com o início dos meses mais frios, a Ucrânia enfrenta uma possível escassez de eletricidade de 6 gigawatts, o que representa cerca de um terço da demanda máxima prevista para este inverno, conforme relatado pela Agência Internacional de Energia na última quinta-feira.
Borrell, dirigindo-se à imprensa em Nova York, enfatizou que o objetivo da Rússia parece ser deixar a Ucrânia sem energia e aquecimento durante o inverno. Ele ressaltou que a capacidade de produção de energia ucraniana já foi reduzida em dois terços devido ao conflito em curso.
As discussões sobre a situação da Ucrânia ocorreram em meio a reuniões com ministros das Relações Exteriores da UE e ministros do G7, que incluíram conversas com autoridades ucranianas, como o Ministro das Relações Exteriores Andrii Sybiha. As conversas focaram em como ajudar a Ucrânia nas semanas críticas que se aproximam.
Borrell pediu um apoio abrangente que vá além da ajuda militar para incluir o reforço das capacidades de produção de eletricidade da Ucrânia. Ele alertou sobre as circunstâncias terríveis que a Ucrânia poderia enfrentar sem ajuda suficiente durante os meses de inverno.
Na semana passada, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou um pacote de empréstimo substancial de até 35 bilhões€ para a Ucrânia. Este apoio financeiro visa defender o país contra a agressão russa e garantir sua sobrevivência durante o inverno.
Em suas observações, Borrell também mencionou a aquisição de novas armas pela Rússia, citando relatos de fornecimento de mísseis do Irã, apesar das negações de Teerã e Moscou. A veracidade de tais relatos é apoiada pela crença ocidental, embora o Irã os tenha rejeitado oficialmente.
A atenção também se volta para o esperado discurso do Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy na Assembleia Geral da ONU, onde ele deve apresentar um "Plano de Vitória".
Borrell sublinhou a importância de a Ucrânia melhorar sua posição militar para abordar as negociações de paz a partir de uma posição de força. Ele diferenciou entre o "Plano de Vitória", que diz respeito à condução da guerra, e um "Plano de Paz", que visa estabelecer o quadro para alcançar a paz.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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