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Investing.com - Os índices futuros das ações norte-americanas registravam estabilidade antes da abertura das bolsas em Nova York nesta quinta-feira, com os investidores direcionando suas atenções para uma série de indicadores econômicos importantes, na tentativa de decifrar a trajetória das taxas de juros do Federal Reserve.
No cenário corporativo, a Accenture e a Jabil serão destaques entre os resultados antes da abertura do mercado, enquanto o presidente Donald Trump deve assinar uma ordem executiva sobre um possível acordo envolvendo os ativos norte-americanos do TikTok.
No Brasil, o destaque da agenda é a divulgação do IPCA-15, considerado uma “prévia” da inflação oficial, para o mês de setembro.
1. Futuros estáveis em Wall Street
Os contratos futuros de ações nos Estados Unidos operavam próximos da estabilidade nesta quinta-feira, após o recuo registrado nos mercados acionários na véspera.
Às 7 h de Brasília, os contratos vinculados ao Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq 100 permaneciam praticamente inalterados.
Na sessão anterior, os principais índices de Wall Street encerraram em queda, interrompendo a sequência de ganhos recentes. Investidores avaliavam declarações prudentes do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que não ofereceu pistas sobre os próximos passos da política monetária após a redução de 25 pontos-base promovida na semana passada.
Além disso, os agentes de mercado analisavam os números acima do esperado das vendas de casas unifamiliares em agosto, interpretados por parte dos analistas como um indicativo de resiliência da economia, o que poderia reduzir a necessidade de novos cortes de juros. A atenção se volta agora para a divulgação de um importante índice de inflação na sexta-feira, amplamente acompanhado pelo Fed.
As ações da Micron recuaram 2,8%, mesmo após a fabricante de semicondutores reportar resultados trimestrais robustos e projeções positivas. Para analistas, a queda pode refletir cautela quanto às valorizações recentes de empresas do setor, associadas ao avanço da inteligência artificial.
2. Accenture divulga resultados
A Accenture deve concentrar atenções entre os balanços corporativos antes da abertura desta quinta-feira.
O consenso da Bloomberg aponta para lucro ajustado por ação de US$ 3,00 no quarto trimestre, com receita estimada em US$ 17,36 bilhões, além de projeção de US$ 18,46 bilhões para o trimestre atual.
O mercado deverá observar com atenção a estratégia da empresa em relação à inteligência artificial, área que se tornou prioridade na consultoria de tecnologia, buscando mitigar os efeitos da incerteza econômica agravada pelas tarifas impostas pelos EUA. No último trimestre, contratos ligados a IA generativa somaram aproximadamente US$ 1,5 bilhão, enquanto o total de contratos, indicador que reflete receitas futuras já garantidas, atingiu US$ 19,70 bilhões.
A diretora financeira Angie Park afirmou em junho que a desaceleração dos gastos governamentais impactaria as receitas do quarto trimestre fiscal e do ano cheio em cerca de 2%.
3. Trump deve assinar ordem executiva sobre acordo do TikTok
Segundo reportagens, o presidente Donald Trump deve assinar nesta quinta-feira uma ordem executiva confirmando que o acordo em negociação sobre as operações americanas do TikTok está em conformidade com a lei de 2024, de acordo com a Reuters.
A agência, citando fonte com conhecimento das tratativas, informou que a medida incluirá nova extensão do prazo para que a ByteDance, controladora chinesa do aplicativo, venda os ativos nos EUA ou suspenda suas operações no país.
Trump já havia adiado a aplicação da lei aprovada em 2024, argumentando que a prorrogação daria mais tempo para que sua administração buscasse investidores americanos e assegurasse que a nova estrutura de propriedade do TikTok atendesse às exigências legais.
Relatos apontam que o acordo preliminar permitirá que investidores existentes, como a Susquehanna International, e um consórcio de parceiros americanos, incluindo a gigante de software Oracle Financial Software e a gestora Silver Lake, detenham aproximadamente 80% da operação do TikTok nos EUA. O algoritmo central seria reformulado e retreinado, mas o aplicativo seguiria disponível em sua forma atual.
4. Ouro se estabiliza
As cotações do ouro permaneceram estáveis, sustentadas pela leve fraqueza do dólar americano, enquanto investidores aguardam novos indicadores econômicos ao longo da semana.
Esses dados devem fornecer maior clareza sobre a direção futura dos juros nos EUA. Custos de empréstimos mais baixos reduzem o custo de oportunidade de manter ativos sem rendimento, como o ouro, ampliando sua atratividade.
As expectativas apontam para pedidos semanais de auxílio-desemprego em torno de 230 mil, com divulgação prevista ainda nesta quinta-feira. Também está programada para hoje a segunda estimativa do PIB do segundo trimestre.
Já para sexta-feira, a previsão é de que o núcleo do índice de preços de despesas de consumo pessoal, métrica preferida do Fed para avaliar a inflação, apresente alta mensal de 0,2% em agosto.
O ouro à vista avançava 0,4%, a US$ 3.750,99 por onça, no momento da redação, após ter recuado do recorde histórico de US$ 3.790,82 registrado na terça-feira. Os contratos futuros de ouro para dezembro negociados nos EUA subiam 0,3%, a US$ 3.780,80.
5. “Prévia” da inflação oficial no Brasil
O mercado local deverá repercutir os números do IPCA-15 a serem divulgados logo mais pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Após uma queda de 0,14% em agosto, a projeção dos analistas para o dado de hoje é de uma aceleração de 0,51% em setembro.
No acumulado de 12 meses, o indicador registrou queda de 5,30% para 4,95% em agosto, mas, de acordo com dados do Investing.com, a expectativa é que o índice volte a acelerar para 5,36% ao ano até setembro.
O IPCA-15 tem o mesmo método de cálculo do IPCA, mas abrange um período de coleta diferente, que vai do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência.
No último boletim Focus, os agentes do mercado pesquisados pelo banco central esperavam que a inflação medida pelo IPCA terminasse este ano em 4,83%, com baixa para 4,29% em 2026 ao ano, ou seja, ainda acima do centro da meta oficial de 3% considerada pela política monetária do BC, que admite tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.