Investing.com - O dólar norte-americano ganhou força em relação ao amplamente mais fraco euro nesta quinta-feira, após o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, ter indicado que o banco pode implementar novas medidas de flexibilização até o mês que vem.
O euro saiu de altas de mais de um ano e meio em relação ao dólar, com EUR/USD caindo 0,39%, para 1,3856. O par atingiu picos de 1,3994 mais cedo, o nível mais forte desde outubro de 2009.
A queda do euro ocorreu após Draghi ter dito que o Conselho do BCE está confortável com a atuação na sua próxima reunião, após o banco ter publicado novas projeções de inflação e crescimento.
Draghi disse que a fraqueza recente da inflação deveu-se aos preços de alimentos e energia, mas acrescentou que o euro forte e fraca demanda interna também estão fazendo a inflação cair.
O euro ganhou força no início da sessão após o BCE ter votado em manter a taxa de juros inalterada em 0,25%.
O dólar norte-americano caiu em relação ao iene, com USD/JPY recuando 0,27%, para 101,62, não distante da baixa de três semanas de 101,42 atingida na última sessão.
O dólar norte-americano permaneceu sob pressão após a presidente do Banco Central dos EUA (Fed), Janet Yellen, ter dito ontem que ainda há a garantia de um nível alto de acomodação monetária, dada a folga na economia.
A libra ficou estável perto de altas de quase cinco anos em relação ao dólar, com GBP/USD sendo negociado a 1,6993, abaixo dos picos de terça-feira de 1,6993. A demanda para a libra continuou sendo apoiada pelas expectativas de que o Banco da Inglaterra aumentará a taxa de juros no início do ano que vem.
A libra esterlina mostrou pouca reação depois que o Banco da Inglaterra manteve sua taxa de juros inalterada na baixa histórica atual de 0,5%, no início do dia.
Em outros lugares, USD/CHF subiu 0,26%, para 0,8785.
AUD/USD ficou perto de altas de três semanas em 0,9377, impulsionado por dados comerciais otimistas da China e um relatório mais forte que o previsto sobre o emprego em abril no país.
Dados divulgados no início do dia mostraram que as importações e exportações chinesas apresentaram leve alta em abril em relação ao ano passado, confundindo as estimativas de queda. Os dados reduziram as preocupações com uma desaceleração na segunda maior economia do mundo.
Um relatório separado mostrou que a quantidade de pessoas desempregadas na Austrália cresceu em 14.200 em abril, em comparação com expectativas de um aumento de 6.800, ao passo que a taxa de desemrpego permaneceu estável em 5,8%.
NZD/USD caiu 0,14%, para 0,8648, e USD/CAD recuou 0,33%, para 1,0862.
O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,18%, para 79,41, saindo de uma baixa de seis meses de 79,90 atingida na terça-feira.
O Ministério do Trabalho dos EUA disse que a quantidade de pessoas que entraram com pedido de seguro desemprego no país na semana passada caiu em 26.000, para 319.000, em relação ao total revisto da semana anterior de 345.000.
Os analistas esperavam que os pedidos de seguro desemprego caíssem em 20.000 para 325.000.