Pequim, 5 mar (EFE).- O governo da China estabeleceu nesta terça-feira uma meta que vai de 6% a 6,5% para o crescimento econômico do país em 2019.
O objetivo foi publicado em um relatório divulgado pouco antes do início da Assembleia Nacional Popular, o parlamento chinês. O documento também prevê uma meta de inflação de 3%.
Em 2018, apesar da desaceleração e da guerra comercial com os Estados Unidos, a economia chinesa cresceu 6,6%, superando assim o objetivo estabelecido pelo governo, que era de 6,5%.
Neste relatório, foram divulgadas outras previsões oficiais no campo econômico como o aumento até 2,8% da ratio de déficit para o Produto Interno Bruto (PIB), o que representa um aumento de 0,2 pontos percentuais ao se comparar com os dados do ano anterior.
O tamanho esperado do déficit será de 2,76 trilhões de iuanes (cerca de US$ 411.494 bilhões), dos quais 66% correspondem ao governo central e o resto para os governos locais.
Além disso, o governo revelou que os gastos fiscais serão superiores a 23 trilhões de iuanes (cerca de US$ 3,43 trilhões), 6,5% a mais do que em 2018.
O documento diz que o investimento em infraestrutura "se expandirá" em 2019, citando projetos ferroviários no valor de 800 bilhões de iuanes (US$ 119.274 bilhões) e construção de estradas e vias fluviais e marítimas por 1,8 trilhão de iuanes (US$ 268.366 bilhões).
No que diz respeito ao emprego, as autoridades esperam gerar mais de 11 milhões de novos postos de trabalho em áreas urbanas, onde esperam manter as taxas oficiais de desemprego entre 4,5% e 5,5%; nas áreas rurais, com o objetivo de tirar 10 milhões de pessoas da pobreza.
Segundo o relatório apresentado hoje pelo primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, "os objetivos são ambiciosos, mas realistas", já que "representam nosso objetivo de promover o desenvolvimento de alta qualidade, são compatíveis com as realidades atuais do desenvolvimento da China e se alinham com o objetivo de completar a construção de uma sociedade moderadamente próspera em todos os sentidos".