📢 Estratégia de IA ProPicks para investir após techs caírem. Subiu em julho 2x acima do S&P!Lista Completa

CNI projeta relação dívida bruta/PIB em 91,1% para 2021

Publicado 22.03.2021, 12:07
CNI projeta relação dívida bruta/PIB em 91,1% para 2021

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta que a relação dívida bruta do setor público e PIB em 2021 deve alcançar o patamar de 91,1%, contra os 89% do PIB no ano passado. A estimativa é que o endividamento continue a subir, porém em ritmo mais moderado. Caso o retorno de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tesouro Nacional não ocorresse, o endividamento público alcançaria 92,3% do PIB, pontuou a entidade no Informe Conjuntural divulgado nesta segunda-feira (22).

Para a CNI, o cenário fiscal adverso vai dificultar a capacidade de o governo puxar a retomada da economia. Como o nível de despesas com a pandemia que se observou em 2020 não será igual neste ano, a contribuição do setor público para o crescimento será significativamente menor, avaliou a entidade.

A CNI afirmou que se o governo optar por elevar ainda mais o nível de despesas com esse fim, a sustentabilidade da dívida pública será colocada em jogo, o que aumentaria as desconfianças. Para a entidade, apesar de incertezas, o Executivo sinaliza atualmente comprometimento com o processo de consolidação fiscal. Entre os indicativos está a aprovação da PEC Emergencial, que possibilitou uma nova rodada de auxílio vinculada a medidas de contenção de despesas.

"A CNI estima que as despesas relacionadas à pandemia fiquem em torno de R$ 84 bilhões, em 2021", projetou a entidade, que, por sua vez, não descarta futuras pressões por aumento de gastos sociais e socorro a empresas.

A CNI projeta também que as despesas primárias devem apresentar queda real de 22,5% na comparação com 2020, o que seria explicado fundamentalmente pela redução de despesas relacionadas à pandemia. Os gastos com pessoal devem apresentar queda real de 2,3%, reflexo do congelamento de reajustes salariais e vedação às novas contratações de servidores.

Já em relação às despesas previdenciárias, a CNI espera um crescimento real de 1,3% neste ano. "A aceleração do INPC levou a um reajuste das despesas corrigidas por esse índice - salário mínimo e consequentemente, despesas previdenciárias - maior que o previsto inicialmente no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2021", apontou a entidade, que pontuou que esse ajuste pressiona as despesas sujeitas ao teto, o que vai gerar a necessidade de contingenciamento de R$ 1 bilhão nas despesas obrigatórias.

Por outro lado, a receita líquida deve apresentar crescimento real de 5% neste ano, em comparação a 2020. Segundo a CNI, isso se deve ao crescimento da atividade econômica e à base de comparação deprimida do ano passado.

Com esse cenário, de queda nas despesas e aumento de receitas, a entidade aponta para uma redução do déficit primário do governo central, que deverá encerrar 2021 em R$ 259,7 bilhões, acima da meta estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2021 (LDO).

Para os governos regionais, no entanto, a estimativa é de que o superávit primário seja reduzido, fechando o ano em R$ 200 milhões. Já as empresas estatais devem encerrar 2021 com déficit primário de R$ 3,9 bilhões. Com isso, o setor público consolidado deve alcançar déficit de R$ 263,5 bilhões em 2021 (3,37% do PIB estimado pela CNI), contra déficit de R$ 702,9 bilhões em 2020 (9,48% do PIB).

O resultado nominal do setor público consolidado deve ser deficitário em R$ 636,4 bilhões (8,14% do PIB estimado pela CNI), contra déficit de R$ 1.015,3 bilhões, em 2020 (13,69% do PIB).

Balança comercial

Para a CNI, o setor externo vai contribuir positivamente para o crescimento do PIB em 2021 (estimado em 3% pela entidade no cenário base). O resultado da balança comercial deve ser positivo em US$53,2 bilhões, segundo os dados do Ministério da Economia. Na comparação com 2020, o superávit comercial deve aumentar em US$2,3 bilhões.

A estimativa é de que as exportações aumentem para US$228 bilhões, um crescimento de 8,8% frente ao ano passado. Já as importações devem pular para US$175 bilhões, uma alta de 10,2%.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.