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Com impactos de enchentes no RS, mercado espera aceleração da inflação

Publicado 10.06.2024, 11:00
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Investing.com – Os investidores estarão atentos a dados de inflação no Brasil nesta semana, com divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, que deve trazer o real impacto das chuvas no Rio Grande do Sul. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresenta o dado oficial nesta terça, 11, e a expectativa de consenso indica variação de 0,42%, levando o índice em doze meses a acelerar de 3,69% para 3,88%. Em abril, a alta mensal foi de 0,38%.

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Raphael Moses, professor de finanças do COPPEAD/UFRJ, espera que o maior impacto seja do grupo de transportes, diante do aumento da gasolina e das passagens áreas. “É possível que ainda vejamos um impacto no grupo de saúde e cuidados pessoais, devido ao aumento de até 4,5%, autorizado em abril, dos medicamentos”, detalha.

Moses pondera para uma desaceleração do setor de serviços subjacentes e do grupo alimentação e bebidas, o que “teoricamente traria um conforto maior para o Banco Central reduzir a taxa básica de juros do país”.

No entanto, com mercado de trabalho aquecido, o que pode voltar a afetar serviços, e incertezas sobre os impactos das cheias no RS, ainda que boa parte da safra já tivesse sido colhida anteriormente, há chance de dificuldades em termos de logística no transporte de alimentos para o restante do Brasil. “Vale lembrar que o Rio Grande do Sul é o principal produtor de arroz do país”, reforça.

A Ágora estima uma variação mensal de 0,4%. “Serviços podem vir mais pressionados por conta da reversão de passagens aéreas. Por outro lado, gasolina, medicamentos e alimentação no domicílio podem trazer certo alívio e acabar compensando a pressão de serviços”, pontua Dalton Gardimam, economista-chefe da Ágora Investimentos.

Enquanto isso, Igor Cadilhac, economista do Picpay, espera que as principais contribuições venham do grupo de transportes, diante da elevação estimada em passagens aéreas e combustíveis, principalmente gasolina e etanol.

“Além disso, espera-se um impacto significativo no grupo de alimentação e bebidas, principalmente na alimentação no domicílio, em função dos impactos da calamidade pública no Rio Grande do Sul”, pontua o economista, que estima variação mensal de 0,39% em maio. Os grupos de saúde e cuidados pessoais e de habitação também devem pressionar o índice, com aumentos em produtos farmacêuticos, energia elétrica, aluguel e taxas, segundo Cadilhac.

Inflação futura segue como preocupação

Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a projeção para o IPCA de 2024 de 3,88% para 3,90%, segundo Boletim Focus divulgado nesta segunda, 10. O centro da meta é de 3%, com banda de 1,5 ponto percentual. Enquanto isso, os economistas revisaram para cima as estimativas para 2025, que saíram de 3,77% para 3,78%. Assim, segue a expectativa de que a taxa básica de juros Selic termine este ano em 10,25%, enquanto a projeção de 2025 subiu, passando de 9,18%, para 9,25%.

Moses esclarece que o indicador atual segue acima do centro da meta, porém dentro do teto estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Com cenário incerto, a percepção do professor é de que o BC não deve acelerar cortes, mas tende a diminuir a Selic em no máximo 0,25 ponto percentual.

O resultado qualitativo é saudável no curto prazo, na opinião de Cadilhac, que avalia que itens mais sensíveis à resiliência da economia brasileira, como serviços, seguem trazendo desconforto. Assim, o “principal desafio não é a inflação corrente, mas as expectativas futuras”, destaca.

Com este cenário, Gardimam espera manutenção de juros na próxima decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom).

“Ainda que o IPCA de maio reforce a percepção de inflação corrente mais baixa, o Banco Central tem demonstrado mais preocupação com as expectativas de inflação que semana após semanas estão mais desancoradas. Neste sentido, um IPCA abaixo do esperado na terça não deve mudar o plano de voo do BC”.

Um real mais desvalorizado e um Produto Interno Bruto (PIB) forte, aliados a maiores gastos devido à tragédia no RS, trariam mais dificuldade para a autoridade monetária brasileira e deixam um menor espaço para cortes de juros daqui para frente, conclui Gardimam.

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