Por David Lawder e Andrea Shalal
WASHINGTON (Reuters) - O Comitê de Finanças do Senado dos Estados Unidos votou nesta sexta-feira, por unanimidade, para aprovar Janet Yellen como a primeira mulher no comando do Departamento do Tesouro, indicando que ela conquistará o apoio do plenário do Senado, embora os republicanos tenham pedido que ela trabalhe com eles no desenvolvimento de políticas econômicas.
A indicação de Yellen, que atuou como chair do Federal Reserve de 2014 a 2018, foi aprovada em uma votação com o placar de 26 a zero no comitê, dividido igualmente entre democratas e republicanos. As preocupações expressadas por republicanos sobre os planos ambiciosos do presidente Joe Biden para um pacote de alívio ao coronavírus, investimento em infraestrutura e aumentos de impostos não foram suficientes para irem contra a ex-chair do Fed.
"Não há dúvidas de que ela é qualificada para esse papel", disse o senador republicano James Lankford, conservador em relação a questões fiscais e destacando que tem desacordos com Yellen.
Biden propôs um plano de alívio ao coronavírus de 1,9 trilhão de dólares e prometeu investir 2 trilhões em infraestrutura, projetos de energia verde, educação e pesquisa para aumentar a competitividade norte-americana.
Os republicanos estão demonstrando preocupações com o valor e aumento da dívida em um retorno ao conservadorismo fiscal, depois de alta dos déficits com os cortes tributários de 2017 e gastos de quase 5 trilhões de dólares no ano passado sob o ex-presidente republicano Donald Trump.
Assessores do Senado disseram que a votação pelo comitê pode abrir caminho para uma votação de confirmação do plenário do Senado ainda nesta sexta-feira.