As concessões dos bancos no crédito livre caíram 1% em abril ante março, para R$ 505,8 bilhões, informou nesta segunda-feira, 27, o Banco Central. No acumulado nos últimos 12 meses até abril, o aumento foi de 7,7%. Estes dados não levam em conta ajustes sazonais. No crédito para pessoas físicas, as concessões subiram 4,3% em abril, para R$ 278,6 bilhões. Em 12 meses até abril, houve alta de 10,6%. Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões recuaram 6,8% em abril ante março, para R$ 227,2 bilhões. Nos 12 meses fechados em abril, houve alta de 4,5%.
A taxa média de juros no crédito livre recuou em abril ante março. O porcentual passou de 40,5% para 40,4% ao ano, informou o Banco Central (BC). No quarto mês de 2023, a taxa estava em 44,7%.
Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 53,4% para 53,0% ao ano de março para abril. No segmento de pessoas jurídicas, a taxa foi de 20,9% para 21,3% entre os dois meses.
Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa subiu entre março e abril, de 128,1% ao ano para 129,9% ao ano. No crédito pessoal, a taxa passou de 42,4% para 42,5% ao ano.
Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em janeiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).
Os dados divulgados nesta segunda pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 25,4% ao ano em março para 25,5% em abril.
A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 28,2% ao ano em março para 28,0% ao ano em abril. No quarto mês de 2023, estava em 31,9%.
Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) ficou estável em 21,9% ao ano na passagem de março para abril. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.